Segundo relatório da Next Move Strategy Consulting, o mercado global de segurança da informação deve atingir a marca impressionante de US$ 657 bilhões até 2030.
Para especialistas, alguns dos principais impulsionadores que aquecerão a demanda por produtos e serviços voltados à segurança de dados, sistemas e infraestruturas digitais, são:
- Aumento dos ataques de phishing e malware;
- Expansão da adoção de dispositivos IoT e de uso da inteligência artificial;
- Número crescente de ciberataques em todo o mundo.
Visto que cabe a cada empresa agir para impedir as ameaças, preparamos este artigo que explicará tudo que é preciso saber sobre cibersegurança. Continue a leitura e veja como proteger o ambiente empresarial!
O que é cibersegurança?
Cibersegurança é um termo utilizado para se referir às práticas, tecnologias e processos que protegem sistemas, redes, programas e dados de ataques digitais.
Medidas para a cibersegurança já são adotadas há anos, desde que os primeiros hardwares e softwares começaram a ser instalados nos ambientes corporativos. No entanto, foi a partir da globalização e do aumento no uso de soluções em rede, que essas medidas se tornaram mais urgentes e necessárias.
Qual é a importância da cibersegurança para as empresas?
Recentemente, um estudo mostrou que, no ano passado, um ciberataque aconteceu a cada 39 segundos. Quando comparado aos dados de 2022, em que um incidente ocorria a cada 44 segundos, houve um aumento expressivo de 11,4%.
Para a Cybersecurity Ventures, responsável pelo estudo, a estimativa é que os ciberataques se tornem mais frequentes devido à aceleração da digitalizaçãoe volume de operações e serviços que envolvem processos tecnológicos. As perdas decorrentes desses ataques podem, inclusive, atingir o patamar de US$ 10,5 trilhões por ano até 2025.
Para as empresas, os prejuízos não ficam concentrados apenas em perdas financeiras por conta de roubo de dados e interrupções operacionais. Elas se estendem também à quebra de confiança, que impactam sua imagem perante os clientes e afetam sua reputação no mercado.
Como atualmente a maioria das empresas depende de sistemas digitais eficientes para que suas operações continuem funcionando, é necessário que elas tomem medidas para proteger seus ativos digitais o mais rápido possível. E, de preferência, que essas medidas sejam preventivas.
LEIA TAMBÉM | Blockchain: o que é e como aplicar a tecnologia na empresa
Quais são os tipos de cibersegurança?
Quando falamos em cibersegurança, precisamos compreender que existem vários tipos diferentes de segurança cibernética que precisamos ficar de olho:
- Segurança de redes: trata de proteger a infraestrutura de rede da empresa contra invasões e ataques.
- Segurança de endpoints: está relacionada à proteção de dispositivos finais, como computadores, smartphones, tablets etc..
- Segurança de aplicativos: envolve a implementação de medidas de segurança para proteger aplicativos contra vulnerabilidades e ataques durante todo o seu ciclo de vida.
- Segurança da informação: é responsável por garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade das informações, protegendo os dados contra acessos não autorizados e perda.
- Segurança na nuvem: busca proteger dados, aplicativos e serviços que são armazenados e utilizados na nuvem.
- Gerenciamento de identidade e acesso (IAM): necessária para controlar e monitorar o acesso de usuários aos sistemas e dados da empresa.
Quais são os pilares da cibersegurança?
A cibersegurança é fundamentada em cinco pilares, sendo necessário que a empresa fortaleça cada um deles para afirmar, com certeza, que está protegida contra ameaças cibernéticas.
Esses pilares são:
- Confidencialidade
- Integridade
- Disponibilidade
- Autenticidade
- Legalidade
A confidencialidade é a garantia de que as informações são acessadas apenas por pessoas autorizadas. Para que a empresa mantenha esse princípio, ela precisa implementar controles de acesso rigorosos, como criptografia e autenticação de múltiplos fatores.
Já a integridade é a certeza de que dados não foram alterados ou excluídos indevidamente. As empresas precisam executar monitoramento contínuo e aplicar mecanismos de verificação, como assinaturas digitais e checksums, caso queiram erguer esse pilar e evitar que as informações sofram modificações indevidas.
A disponibilidade, por sua vez, indica que os sistemas e dados devem estar acessíveis sempre que necessário. Aqui, é preciso adotar medidas como redundância de sistemas, backups regulares e planos de recuperação de desastres.
A autenticidade envolve garantir que os dados e comunicações sejam genuínos e provenientes de fontes confiáveis. Para que a empresa consiga assegurar este princípio, é determinante que ela utilize certificados digitais e protocolos de autenticação robustos.
Por último, a legalidade trata de cumprir com todos os regulamentos de proteção de dados e segurança cibernética. Assim, é necessário que a empresa se mantenha atualizada e implemente políticas e procedimentos de acordo com as exigências legais para estar em conformidade.
Quais são os tipos de ameaças virtuais?
Existem muitos tipos de ameaças virtuais que podem ameaçar dados e operações de uma empresa hoje em dia. Vamos dar uma olhada nas principais?
- Malware: software projetado para causar danos ou obter acesso não autorizado a sistemas. Um dos tipos mais conhecidos é o ransomware.
- Injeção de SQL: criado para explorar vulnerabilidades em aplicativos de banco de dados, e roubar ou manipular dados.
- Phishing: desenvolvido para enganar usuários, de modo que eles revelem informações sensíveis.
- Ataques “man-in-the-middle”: realizado a partir da interceptação de conversas/mensagens entre duas partes, permitindo que o atacante capture e, possivelmente, altere informações que estão sendo transmitidas.
- Ataque de negação de serviço (Denial-of-service): executado para tornar um sistema ou rede indisponível, impedindo o acesso legítimo.
Como proteger sua empresa contra ameaças virtuais?
As medidas para proteger a empresa contra ameaças virtuais podem variar, dependendo do tipo de operação que ela executa. Uma organização que não possui dados sensíveis armazenados em servidores, por exemplo, pode não ter que se preocupar com ataques direcionados a roubo de dados pessoais.
No entanto, existem algumas medidas preventivas que podem ser consideradas obrigatórias para qualquer tipo e modelo de negócio:
- Manter um backup de dados para garantir a recuperação das informações em caso de perda ou ataque.
- Ter um bom antivírus instalado para proteger os sistemas contra malware e outras ameaças.
- Estabelecer uma boa política de segurança da informação para definir práticas e procedimentos que assegurem a proteção dos dados e sistemas.
- Usar senhas fortes para dificultar o acesso não autorizado aos sistemas e contas da empresa.
- Conscientizar os colaboradores sobre segurança cibernética para reduzir o risco de incidentes causados por erro humano e aumentar a vigilância contra tentativas de phishing.
- Investir em tecnologias e soluções que já possuem segurança integrada em sua infraestrutura para garantir uma proteção mais robusta e eficiente contra ameaças virtuais.
O processo para se proteger contra ameaças virtuais é contínuo e requer dedicação e investimentos por parte da empresa. Para continuar se aprimorando sobre esse universo de segurança de dados, leia também nosso conteúdo que mostra sobre os riscos do vazamento de dados da empresa e como evitá-los.