Em tempos de computação em nuvem, Big Data e com a popularização da internet, a vida das empresas e pessoas se tornou mais prática. Dentro desse universo digital, muitos processos corporativos foram agilizados, operações bancárias podem ser realizadas facilmente por um smartphone e o compartilhamento de dados pelo Open Banking diminuiu a burocracia.
O trabalho em home office é hoje uma realidade e a inteligência artificial já faz parte da indústria. As compras por meio de e-commerce estão em constante crescimento e a forma de armazenar dados importantes ficou mais organizada e segura.
Mas até onde vai esse nível de proteção das informações? Ao mesmo tempo em que tudo parece mais fácil, alguns riscos ficaram mais evidentes para as corporações, que são alvos constantes de ataques cibernéticos no mundo todo.
Nesse artigo, você vai entender o que são ataques cibernéticos e conhecer os riscos financeiros, legais e para a imagem de sua empresa quando o sistema está vulnerável. Além disso, irá descobrir também como prevenir os ataques usando a blockchain.
Boa leitura!
O que são ataques cibernéticos?
O Brasil é o 2° país mais atacado por criminosos virtuais, de acordo com o mapeamento em tempo real do Kaspersky. Levando-se em conta o acumulado até agosto de 2021, os ataques cibernéticos no Brasil garantiram a 2° colocação no ranking de maiores vítimas.
Sim, o maior país da América do Sul é também um dos mais visados por invasores e se destaca, em todas as pesquisas, sempre no grupo das 5 nações mais atingidas no mundo. Um estudo revelou ainda que, apenas no primeiro trimestre de 2021, o Brasil sofreu a preocupante marca de 3,2 bilhões de tentativas de ciberataques.
Pessoas físicas estão constantemente na mira dos criminosos. No entanto, os alvos prioritários são organizações privadas e governamentais. Mas afinal, o que é um ataque cibernético?
Os cibercrimes ou ataques cibernéticos ocorrem quando criminosos virtuais, chamados de hackers, buscam fraquezas operacionais para invadir e danificar sistemas e redes de corporações ou governos.
Na maioria dos casos, a intenção é usar o sequestro de dados confidenciais e o livre acesso a informações sensíveis das instituições para exigir resgates.
Conheça agora os tipos de ataques cibernéticos mais comuns:
1- Ataque DDoS
Sigla para Negação Atribuída de Serviço. É o ataque que torna os sistemas lentos, prejudicando o acesso aos sites.
2- Phishing
Crime virtual que induz a pessoa a fornecer dados sigilosos como senhas, CPF e endereços.
3- Cavalo de Tróia
É um malware que entra camuflado no sistema após o usuário abrir um arquivo ou realizar um download mal intencionado.
4- SQL Injection
Criminosos acessam diferentes tipos de informações manipulando o código SQL.
5- Ransomware
Uma das formas mais usadas em invasões é por meio do ransomware, que sequestra dados vitais das organizações. Os hackers pedem uma contrapartida financeira para a “devolução” desses dados.
Ataques cibernéticos: riscos para as empresas e a importância da LGPD
Recentemente, o ataque cibernético que atingiu a Renner, grande varejista brasileiro, suspendeu as atividades de seu site, afetou seu aplicativo e levou o grupo a ser notificado pelo Procon-SP, para prestar esclarecimentos. E aquilo que a princípio parece apenas um problema interno da empresa, na verdade não é.
Em vigor desde o dia 18 de setembro de 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) trouxe diretrizes fundamentais referentes à coleta, armazenamento e processamento dos dados pessoais.
As regras da LGPD são fiscalizadas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e tem como função garantir a privacidade dos brasileiros diante do grande número de vazamentos, comercialização e uso indevido de informações pessoais dos usuários.
Portanto, é de responsabilidade das instituições proteger os dados de seus clientes e colaboradores de ataques cibernéticos em sistemas e redes.
Adotar medidas de segurança evita casos de sequestros, como o enfrentado pela JBS, que pagou R$ 11 milhões em resgate das informações violadas.
Além disso, uma política de segurança da informação consistente também evita a abertura de processos legais sejam abertos sob o efeito da LGPD e a queda dos canais da própria empresa (site, aplicativos).
Diante da preocupação com ataques cibernéticos aos sistemas, muitas empresas estão realizando o armazenamento de dados em blockchain.
Blockchain: prevenindo de ataques cibernéticos
Proteger todas as informações armazenadas e transportadas em sistemas empresariais não é tarefa simples. Ao mesmo tempo em que os hackers estão se aperfeiçoando constantemente, novos recursos são desenvolvidos para preservar corporações e usuários. Um deles é justamente a blockchain.
Conceitualmente, é possível definir a blockchain como um livro-razão compartilhado e imutável que facilita o processo de registro de transações e o rastreamento de ativos em uma rede corporativa, garantindo mais proteção aos dados.
Popularmente conhecida graças ao Bitcoin, blockchain é uma cadeia sequencial de blocos, que contém referência dos blocos imediatamente anteriores, criando um código na rede.
Sempre que um novo dado for inserido no sistema, o processo será repetido, gerando então uma corrente de blocos em ordem cronológica. Esses blocos são capazes de mapear a produção, pagamentos, pedidos e vários outros processos.
Essa solução tecnológica, acompanhada de procedimentos básicos de segurança, pode blindar os sistemas corporativos contra invasores.
Ao usar blockchain para segurança da informação, combinando a tecnologia com cuidados básicos, é possível evitar prejuízos financeiros, além de processos legais que podem afetar a imagem de uma organização perante os consumidores.
7 dicas para fugir dos ataques cibernéticos
– Atualize todo os programas instalados
– Para utilizar adequadamente é fundamental usar apenas softwares e programas originais
– Não abra arquivos e links desconhecidos ou origem suspeita
– Mantenha a data e hora do computador atualizadas
– Evite conectar o computador em redes públicas
– Jamais compartilhe senhas de computador e de serviço na Internet ou em telefones celulares
– Use um bom antivírus
Novas tecnologias reduzem risco de ataques cibernéticos
Diante do aumento de ataques cibernéticos no mundo, 58% das empresas do setor elétrico pretendem investir mais em cibersegurança. No Brasil, as perdas financeiras de instituições privadas chegaram a US $50 milhões.
Ou seja, é urgente pensar e adotar alternativas capazes de aumentar o nível de proteção dos sistemas corporativos. Esteja sempre atento em relação aos novos crimes virtuais, para compreender como manter a organização protegida pode evitar problemas no futuro.
Gostou do conteúdo? Então continue acompanhando nosso blog para saber tudo o que acontece de mais importante na área de tecnologia para empresas.