Muitas empresas já contam com os diversos tipos de dados que compõem e definem o que é Big Data. No entanto, de nada adianta ter esses dados apenas por tê-los. Isso representa custo e perdas financeiras.
Afinal, se você não tiver a chance de “torturá-los até que confessem algo importante” você tem apenas um amontoado de informações aumentando os seus custos de armazenamento em servidores internos ou em nuvem, além disso não contribui em nada para a boa gestão da informação empresarial.
Atualmente, a grande maioria das marcas que fazem uso do Big Data são gigantes do mercado, como Facebook, IBM, Google e até mesmo entidades governamentais.
Isso porque a possibilidade de sair do tradicional, mudar a maneira como as coisas sempre foram feitas e oferecer produtos e serviços que os consumidores sempre sonharam tem sido possível com a transformação digital e toda a tecnologia disponível.
Preparamos este conteúdo completo sobre o que é Big Data, explicando como funciona, qual a importância de você aplicar em sua empresa, além de listar as principais vantagens, com destaque para a maneira como ele influencia nas vendas. Boa leitura!
O que é Big Data?
A descrição do grande volume de dados estruturados e não estruturados que são gerados a cada segundo em uma organização define o conceito de Big Data.
Muitas pessoas acreditam que trata-se de algo recente, entretanto, a verdade é que os dados já eram gerados antes mesmo de existir qualquer tecnologia da computação ou meio digital.
Atualmente, a grande diferença é que muito mais dados são produzidos com dispositivos como TVs, notebooks, tablets e smartphones. Além disso, existem as mídias sociais, que a todo tempo geram informações públicas, em sua maioria.
Hoje já vivemos a realidade da existência de geladeiras, carros e dispositivos para vestir (wearable devices) conectados entre si, que produzem ainda mais dados a serem processados e transformados em informações úteis. Por sua vez, essas informações traduzem em mais oportunidades de vendas.
Entenda as diferenças
O que diferencia o Big Data nas empresas é justamente o fato de ele estar atrelado tanto à oportunidade quanto à possibilidade de cruzar esses dados por meio de diversas fontes a fim de obtermos insights preciosos e rápidos, promovendo a inovação.
Assim sendo, o aumento da competitividade em todos os mercados e o alto nível de exigência dos consumidores nos força a inovar e a considerar esse caminho como uma premissa básica nos negócios.
Exatamente por isso, entender o que é Big Data e fazer uso dessa solução é tão essencial nos dias de hoje. Afinal, é por meio do nosso público consumidor que conseguimos obter mais informações de mercado, extraindo o que eles costumam dizer a respeito de tudo o que você faz, como:
- desejos;
- insatisfações;
- satisfações;
- necessidades.
Entre outros aspectos, é facilmente possível captar tudo isso em mídias sociais, cruzar com dados internos da sua empresa, e assim, criar insights incríveis e poderosos.
O grande segredo do conceito está em gerar valor para os negócios. Quanto mais dados, maior o esforço de processamento para produzir informações. Assim sendo, a agilidade para obter a informação faz parte do sucesso que o Big Data é capaz de proporcionar para a sua empresa.
Os V’s do Big Data
No intuito de complementar de maneira simples a explicação do contexto do Big Data, falaremos sobre os V’s desse conceito.
Inicialmente, a definição foi contemplada por 3 V’s que são: volume, velocidade e variedade. No entanto, alguns anos depois da criação do Big Data foram adicionados os V’s de: veracidade e valor. Explicaremos brevemente sobre cada um deles. Acompanhe!
Volume
Já foi dito por aqui sobre o volume de dados gerados a cada segundo. Por isso, o primeiro V refere-se exatamente a essa enorme quantidade de informações que o Big Data é capaz de lidar.
Variedade
Nesse sentido, quanto mais quantidade de dados e fontes nós temos, maior é a complexidade para operarmos tudo isso, mas também maiores são as possibilidades de produzirmos informação útil.
Por isso mesmo a variedade é algo tão importante. Vale destacar que os locais onde as informações são coletadas e armazenadas são chamados de fonte de dados. Dessa forma, são consideradas fontes de dados ferramentas como Facebook, apps, Google Analytics, RD Station, entre outras.
Velocidade
Um dos grandes desafios do Big Data é a velocidade. Justamente por conta da variedade e do grande volume de dados, todo o processamento precisa ser ágil com o objetivo de produzir as informações necessárias. Assim, é fundamental gerar elementos com a maior rapidez possível para que a tomada de decisões seja cada vez mais efetiva.
Veracidade
A veracidade está diretamente ligada ao quanto uma informação é verdadeira. É preciso ter atenção porque o emaranhado de dados existentes é capaz de nos confundir, por isso todo cuidado é pouco se você quer obter veracidade dos dados.
Valor
Como último V, temos o valor. Se você direciona esforços para gerar uma informação que não tem nenhuma utilidade, o valor desse trabalho será quase zero. Nesse sentido, é preciso entender muito bem todo o contexto e a necessidade a fim de produzir os fatos certos para as pessoas certas. Por isso o termo “informação útil” é tão falado.
Como o Big Data funciona?
Agora que você conheceu os V’s do Big Data, é possível que ainda tenha muitas dúvidas e uma delas talvez seja como essa diversidade de dados e fontes estão disponíveis para serem exploradas.
A fim de entender melhor como o Big Data funciona abordaremos a estruturação e os tipos de dados que temos disponíveis nos dias de hoje.
Estruturação dos dados
Quando falamos sobre o que é Big Data, devemos pensar em basicamente dois tipos de estruturação da informação: os dados estruturados e os não estruturados. Entenderemos melhor sobre cada um deles a seguir.
Dados estruturados
Os dados estruturados são aqueles que contam com uma estrutura determinada, visto que contam com:
- categorias;
- clusters (integradores);
- definições, como: vendas, localização, informações sobre o perfil de clientes, contatos, entre outras.
Por fim, os bancos de dados devem ter muito bem definido onde cada informação estará no intuito de armazenar qualquer referência. Por isso, os dados estruturados são encontrados nesses bancos. Da mesma forma, os softwares de empresas também têm dados estruturados, tais como:
- ERP;
- CRM;
- sistemas financeiros;
- sistemas de RH entre outros.
Dados não estruturados
Trabalhar com os dados não estruturados é bem mais complexo, visto que neles não existe uma estruturação sequer. Assim sendo, é necessária a intervenção humana para a sua preparação.
Estamos falando das referências de mídias sociais que lidam com dados em textos, imagens, vídeos e até mesmo áudio, por isso a dificuldade para o tratamento desses elementos é maior. Alguns exemplos dessas mídias são:
- YouTube;
- Facebook;
- Instagram;
- LinkedIn;
- portais de notícias etc.
Atualmente é possível observar as mídias sociais, por exemplo, com a extração de menções públicas e comentários sobre determinada palavra-chave. Isso significa que você consegue monitorar o que as pessoas têm dito acerca do mercado que você atua de maneira geral ou até mesmo sobre a sua marca.
Entretanto, a maneira mais confiável de estruturar esses dados ainda é por meio da intervenção humana. Isso porque deve ser feita uma análise prévia e uma triagem tanto do que tem sido comentado quanto do contexto daquela menção.
Afinal, encontramos diversos tipos de comentários que, em um primeiro momento podem parecer positivos, mas na realidade são palavras com ironias, sarcasmo, e que, muitas vezes, os robôs não conseguem captar.
Além disso, é fundamental pensar na criação de tags, algo como categorias para o que as pessoas dizem em um determinado contexto. Por enquanto, esse tipo de trabalho deve ser executado por um ser humano, pois isso envolve algumas particularidades em função de cada projeto.
Diante disso, uma dúvida torna-se muito comum e você pode questionar: “Se aparecer 30 mil comentários, a intervenção de um ser humano será necessária para taguear, categorizar e estruturar todos esses dados?”. Certamente, e é por esse motivo que a complexidade dos dados não estruturados é considerada bem maior, mais morosa e trabalhosa.
Tipos de dados do Big Data
Nos tipos de dados que contemplam o Big Data estão misturadas informações de áudio, texto, imagens, vídeos, entre outras. A seguir, conheceremos os mais importantes.
Social Data
São dados provenientes basicamente das pessoas e das informações do tipo que decifram comportamentos. Em outras palavras, com o Social Data conseguimos identificar perfis no intuito de trabalhar com um direcionamento mais acertado.
Afinal, quando temos nas mãos dados de como os usuários fazem suas buscas no Google e o que eles comentam nas mídias sociais, percebemos o quanto as pessoas são facilmente previsíveis.
Enterprise Data
A todo momento as empresas geram dados como de recursos humanos, operações, financeiros etc; esses são classificados como Enterprise Data. De fato, são referências negligenciadas por uns e outros, mas é preciso ter em mente que elas podem ser essenciais para descobrir alguns gargalos e medir a produtividade.
Personal DataouData of Things
Esse tipo refere-se aos dados gerados por TVs, geladeiras, carros, peças de vestuário e outros dispositivos que conversam entre si e que estão conectados à internet. Aqui no Brasil, de certa forma, ainda é novidade, mas a chamada Internet das Coisas (IoT) é considerada uma grande tendência tecnológica.
Um bom exemplo disso é que hoje é possível pegar as informações do Google Maps ou do Waze para trazer elementos sobre as variáveis do trânsito em tempo real e alimentar painéis eletrônicos em toda a cidade. Isso facilita sobremaneira a vida de motoristas com informações atualizadas instantaneamente.
Por fim, o cruzamento dos dados desses três tipos é o que viabiliza a geração de informações cruciais para as empresas. Entretanto, é preciso ter cuidado, porque na mesma proporção que ganhamos inúmeras possibilidades de melhoria com o Big Data e Inteligência Artificial, é muito fácil se perder na infinidade de dados disponíveis.
Para evitar isso, é necessário organizar e tratar os elementos a fim de termos uma informação útil, o que contribui muito para a tomada de decisão.
Qual a importância de aplicar o Big Data?
Na rotina de negócios de diversos setores, a análise de dados é parte fundamental. Por meio de pesquisas de mercado, processamento de informações e técnicas de estatística, analistas buscam entender padrões de comportamento, tirar o máximo de proveito disso, e assim, tornar produtos e serviços mais lucrativos.
Internamente, as companhias têm a possibilidade de implementar as rotinas de análise a fim de identificar problemas operacionais e gargalos. Dessa forma, tanto os processos quanto às operações podem ser otimizados continuamente.
Entretanto, a quantidade de informações disponíveis para uso no ambiente empresarial nunca foi tão grande. Diante disso, foi preciso criar técnicas que viabilizem o processamento desses elementos com alta disponibilidade e desempenho.
Nesse contexto, entra a importância de ferramentas como o Big Data. Visto que ele torna o recolhimento, processamento e visualização dos dados mais padronizados, simples e eficazes. Com isso, os negócios se enxergam capazes de compreender as tendências em tempo real. E elaborar produtos e serviços mais rentáveis e lucrativos.
Além disso, é justamente o Big Data que dá suporte aos gestores quando eles pensam em:
- investir em uma nova ideia,
- reduzir os níveis de investimento,
- até mesmo quando precisam alavancar um gasto.
Quais as vantagens do Big Data para uma empresa?
Os executivos que querem destacar seus negócios no mercado têm despertado cada vez mais para as inúmeras vantagens da utilização do Big Data.
Isso porque a realidade de processar grandes volumes de dados e o poder de extrair análises avançadas são fatores que ajudam na tomada de decisões. Além de serem capazes de decidir os rumos do negócio. Tudo isso tem transformado tanto as organizações quanto o próprio mercado.
A cada ano a tecnologia de Big Data Analytics vem se fortalecendo em setores importantes da economia. Prova disso é o uso desse conceito pelos diferentes setores. Conheça alguns que já fazem uso dessa tecnologia:
- financeiro;
- cobrança;
- comércio eletrônico;
- varejo;
- segurança.
Para termos uma ideia, a confiança no poder do Big Data é tanta, que muitos líderes empresariais apostam que ele será capaz de revolucionar as operações de negócios com a mesma intensidade que a internet revolucionou. Nesse cenário, apresentamos as principais vantagens do Big Data para as empresas.
Melhores decisões de negócio e novos fluxos de receita
Uma das formas mais eficazes de fundamentar decisões futuras que envolvem um negócio é por meio do Big Data. Isso porque com ele é possível identificar tendências de origem comportamental e econômica no mercado. Assim, estimar a aceitação de novos produtos antes mesmo de seu desenvolvimento fica mais fácil quando temos acesso a essas informações.
Com organização e análise de grandes volumes de informações, muitos insights surgem para auxiliar na identificação de novas oportunidades de atuação. Assim sendo, a empresa mantém sua posição de marca inovadora no mercado e produz novos fluxos de receita.
Mais uma grande vantagem do Big Data é a agilidade que os dirigentes da organização conquistam em relação à tomada de decisões. Além de tornar essas decisões mais acertadas, visto que eles passam a ter em mãos informações estratégicas e confiáveis.
Assim, os rumos do empreendimento são decididos bem mais rapidamente. E isso faz com que a marca ganhe tempo e obtenha vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes.
Estratégias de marketing mais eficientes
Se você faz uma ação de marketing direcionada e segmentada para um público específico, fatalmente atingirá resultados melhores. Com mais valor, credibilidade e mais expressivos do que campanhas direcionadas para as massas. No entanto, é preciso conhecer o cliente a fim de criar ações que despertem nele um interesse potencial.
Nesse sentido, o Big Data dá a chance de analisar os dados do seu público consumidor e traz posições-chave sobre:
- histórico;
- comportamento;
- preferências;
- perfil de compra de cada cliente.
Dessa forma, é factível criar ações específicas e personalizadas para cada perfil. E assim, trazer mais retorno sobre o investimento de cada campanha.
Retenção e fidelização de clientes
Um erro bastante comum é investir muitos recursos na prospecção de novos clientes. Porém negligenciar a importância de reter e fidelizar os consumidores atuais. E isso pode custar caro para a empresa. Sem dúvidas, fidelizar quem já é cliente é bem mais econômico do que ter o trabalho de conquistar novos. E o Big Data deve ser usado a fim de otimizar esse processo.
Afinal, ter acesso a informações permite conhecer a razão pela qual os seus clientes permanecem com a sua marca. Ou buscam outra solução no mercado. Isso possibilita que você se antecipe e se adapte com o objetivo de manter a satisfação.
Sua equipe torna-se capaz de criar planos de ação para atualizar os serviços, além de antecipar possíveis ameaças ao negócio por meio da análise de indicadores gerenciais que mostram o nível de satisfação e os índices de reclamações, entre outras métricas.
Experiência de compra personalizada
A experiência de consumo é algo cada vez mais valorizado pelas pessoas, especialmente se ela for personalizada. Embora isso não seja mais nenhuma novidade no mercado, as marcas que se preocupam com isso ainda sabem o que fazer a fim de customizá-la para cada cliente.
Nesse cenário, o uso do Big Data é de grande valia. Visto que, ao analisar as compras, cruzar os dados históricos e contar com outras variáveis relacionadas à sua aplicação, traz o entendimento sobre as reais necessidades, preferências e desejos do público. Portanto, sua utilização viabiliza a personalização mais fidedigna na experiência de compra do consumidor em questão.
Como o Big Data influencia nas vendas?
As empresas que almejam obter sucesso devem otimizar a mineração de dados da cadeia de suprimentos com poderosos recursos de processamento e análise de dados. Dessa forma, o setor comercial tem a chance de usar Big Data para:
- fazer as previsões de demanda com mais precisão;
- desenvolver novos produtos e serviços;
- descobrir novos padrões de demanda;
- executar um planejamento de oferta em tempo real, por meio do uso de recursos, dados de sensores de produção e da Internet das Coisas.
No caso, o principal desafio é definir onde concentrar seu tempo e recursos ao aplicar a análise da cadeia de suprimentos.
Nesse contexto, alguns setores do mercado que já entenderam a importância da tecnologia nas empresas e fazem uso do Big Data, usufruindo das vantagens que ele oferece para alavancar as vendas, como é o caso dos e-commerces.
Segmentos conquistam competitividade
Um dos setores mais dinâmicos e em maior ascensão da economia mundial, o comércio eletrônico tem ganhado cada vez mais representatividade. E é justamente com o apoio do Big Data que as empresas do segmento conquistam competitividade.
Nesse cenário, as lojas virtuais criam regras com o objetivo de atuar na alteração automática dos preços dos produtos e na política de descontos, efeito conhecido como precificação, por meio da análise de dados.
Dessa forma, as referências obtidas pelo Big Data e fornecidas para o sistema de precificação inteligente são o que sustentam uma competição saudável no mercado. Com ganhos em inovação, produtividade e até mesmo em um conhecimento mais profundo do perfil do consumidor.
Cruzamento de dados permite disrupção
Por fim, de fato, esta década tem sido marcada pela disrupção em diversos mercados com a criação de novos produtos, um marketing mais direcionado e tomada de decisões mais acertadas. Tudo isso tem sido possível graças ao Big Data e ao cruzamento de informações entre diversas fontes de dados.
Sem dúvidas, é necessário dedicação e muito trabalho para chegar ao ponto de conseguir ter um trabalho bem elaborado de Marketing por Dados em sua empresa.
Contudo, a boa notícia é que, não é algo complexo, mas trabalhoso. Afinal, quando sua empresa tiver com todas as campanhas de incentivo de vendas certas e arrumadas, consequentemente estará à frente dos seus concorrentes.
O segredo é aproveitar que pouquíssimos empreendimentos no Brasil ainda não despertaram para esse mindset e posicionar a sua marca entre as primeiras a implementar essa linha de pensamento, pois trata-se de uma grande oportunidade pela frente.
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