O custo de ociosidade é um problema que pode passar despercebido em um primeiro momento, mas logo ganha destaque por ter um impacto direto na rentabilidade da indústria.

Máquinas paradas, funcionários sem desempenhar tarefas e desperdício de recursos resultam em perdas financeiras, além de reduzir completamente o ritmo produtivo e a competitividade empresarial.

Entender esse custo ocioso é muito importante para a sua indústria otimizar a produção e evitar prejuízos desnecessários. Por isso, neste post, analisaremos tudo o que você precisa saber para calcular esse custo e, principalmente, como reduzi-lo. Vamos lá?

O que é custo de ociosidade?

Entende-se por ociosidade todo investimento que foi aplicado na indústria, mas que, com o tempo, passou a ser desperdiçado ou não proporcionou o retorno financeiro definido no planejamento.

No entanto, se a ideia é saber o custo que essa tal ociosidade desencadeou e quais são as consequências disso para as atividades empresariais, é fundamental esclarecermos também outros dois conceitos: o de capacidade produtiva e o de capacidade ociosa.

O volume máximo de produtos ou peças que uma indústria pode fabricar é chamado de capacidade produtiva, que pode ser dividida em dois tipos:

• efetiva;
• teórica.

A primeira considera as paradas inevitáveis no processo de produção em decorrência das manutenções, dos feriados e dos finais de semana. Já a teórica contempla a fabricação de produtos durante todo o tempo, sem qualquer tipo de interrupção.

A diferença entre a capacidade produtiva e o que de fato foi produzido pela indústria em um determinado período é chamada de capacidade ociosa. Em outras palavras, é o volume de produtos ou peças que a empresa deixou de fabricar por motivos como:

• defeito ou quebra de maquinário;
• baixa demanda;
• falta de insumos ou matéria-prima;
• sazonalidade;
• perda de mão de obra.

Portanto, é possível afirmar que o custo de ociosidade nada mais é do que um indicador que mostra quanto o tempo sem atividade custa para a empresa. Ainda, quanto ela deixou de ganhar durante o período em que suas máquinas e funcionários estavam parados.

Qual é a importância desse custo para a operação de uma indústria?

Saber qual é o custo de ociosidade é importante porque ele nos ajuda a compreender quais foram os gargalos que contribuíram para a baixa produtividade, além do que fazer para fugir de possíveis perdas financeiras futuras.

Ademais, conhecer o custo também nos dá uma dimensão mais holística e exata do que acontece na nossa operação de fabricação. Além disso, fornece elementos importantes para que nossas decisões sejam mais acertadas sobre como minimizar os problemas de eficiência e desperdício de recursos.

Como calcular o custo de ociosidade?

Em geral, calcular o custo de ociosidade é relativamente simples. Para tanto, podemos utilizar a média do tempo produtivo de cada funcionário dentro da fábrica, por exemplo, ou calcular a ociosidade a partir dos gastos fixos da produção — considerando, é claro, o quanto as paradas representam do total desses valores.

Em relação à capacidade produtiva de cada funcionário, podemos usar tanto a efetiva quanto a teórica no cálculo. Para uma fábrica que possui poucas paradas, recomenda-se usar a capacidade efetiva. Já para as que lidam com paradas constantes, a capacidade teórica é a mais recomendada.

Como funciona o cálculo na prática?

Aqui, vamos calcular a ociosidade a partir dos custos fixos.

Inicialmente, precisamos determinar a taxa de ociosidade. Para tanto, vamos dividir o tempo ocioso pela capacidade produtiva total. Isso mostrará a proporção do tempo em que os recursos ficaram sem uso.

Em seguida, vamos calcular o custo fixo unitário, dividindo nosso custo total fixo pela quantidade realmente produzida no período. Por último, multiplicaremos os dois valores para chegar ao impacto financeiro da capacidade não utilizada.

Segue a fórmula:

Na hora de fazer esse cálculo, você pode contar com o apoio da tecnologia para facilitar o trabalho. Um bom software de gestão integrada, como o FoccoERP, resolve facilmente essa tarefa.

Como contabilizar o custo de ociosidade?

A contabilização do custo de ociosidade deve seguir normas contábeis que garantem a correta alocação do valor dentro das demonstrações financeiras da empresa.

Esse custo não deve, portanto, ser incluído no valor dos produtos fabricados, pois representa um gasto que não gera retorno produtivo. Mas sim, devemos classificá-lo como uma despesa operacional.

Para melhorar o controle dessas despesas, a contabilidade pode segregar o custo de ociosidade em diferentes centros de custo. Isto é, registrar o impacto financeiro da ociosidade de forma individualizada, por setor, proporcionando uma visão mais detalhada das áreas que mais sofrem com a improdutividade.

Assim, se um departamento “x” tiver um alto custo de ociosidade, por exemplo, a gestão poderá focar em medidas corretivas direcionadas para essa área, como realocação de recursos, otimização de processos ou ajustes na estratégia de produção.

O que fazer para reduzir esse custo? 

A primeira coisa que precisamos fazer para reduzir o custo de ociosidade é estruturar um bom planejamento estratégico.

Com ele, conseguiremos prever oscilações de demanda, melhorar a alocação de recursos e evitar períodos de baixa produtividade, além de decidir de antemão como as necessidades da indústria serão atendidas.

Em seguida, será preciso implementarmos um controle rigoroso de monitoramento e um diagnóstico empresarial. Por quê? Essas duas ações vão permitir que as causas da ociosidade sejam identificadas rapidamente e que estratégias corretivas sejam aplicadas antes que o problema se agrave.

Fora isso, é recomendado também executar estratégias como:

• implementação de um planejamento de manutenção preventiva para evitar falhas em maquinários;
• investimento na capacitação da equipe para minimizar o impacto da falta de mão de obra especializada;
• análise contínua da demanda para ajustar a produção conforme o mercado;
• diversificação de produtos e mercados para reduzir a dependência de sazonalidades.

Todas essas providências servem para amenizar o custo de ociosidade, um indicador que, se não controlado, pode interferir na competitividade, rentabilidade e lucratividade do negócio.

Calcular o custo de ociosidade não é algo complexo e você não precisa perder tempo quebrando a cabeça para aplicar os valores na fórmula.

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