Obter sucesso e alcançar longevidade em uma empresa depende diretamente de uma administração correta. Nesse sentido, uma gestão empresarial bem aplicada é crucial para o desenvolvimento saudável de qualquer negócio.
Devemos pensar na empresa como um ser vivo para compreender a necessidade da gestão. Da mesma forma que o nosso organismo tem sistemas diferentes, a companhia também conta com setores que demandam cuidado para que o todo opere adequadamente.
Por menor que seja, qualquer falha pode abreviar o sonho de um empreendedor. E levar ao fracasso uma boa ideia de negócio. Por isso, preparamos este artigo com absolutamente tudo sobre gestão empresarial. Ao longo da leitura, você terá contato com alguns conceitos importantes, informações e dicas valiosas para que você se qualifique para esse desafio. Confira!
O que é gestão empresarial?
A Gestão Empresarial (GE) equivale à forma como a empresa administra, conduz e gerencia a sua atividade principal, assim como pessoas e processos. Para tanto, o empreendimento deve ter como referência:
- cultura organizacional;
- preceitos;
- missão;
- visão;
- valores.
Nesse sentido, a gestão empresarial serve como um norte para as ações. E tem por objetivo levar a organização a, efetivamente, alcançar os resultados que deseja.
Foque nas boas práticas de gestão
Vale destacar que as boas práticas de gestão empresarial são essenciais para que a empresa faça uma administração correta de suas atividades. Também é fundamental para melhorar processos, fazer um controle de qualidade efetivo de seus produtos ou serviços. E criar um ambiente de trabalho adequado para profissionais realmente engajados, produtivos e motivados.
Portanto, quanto mais organizados e alinhados todos esses aspectos estiverem, maiores serão as chances de o negócio atingir suas metas, crescer e ganhar uma posição de destaque no mercado.


Por que a gestão empresarial é importante?
A gestão empresarial tem seu conceito bastante abrangente, uma vez que está relacionada a muitos aspectos:
- definição de metas;
- organização de processos;
- planejamento estratégico;
- análises de custos;
- compras e vendas;
- recebimentos e pagamentos;
- contratações e demissões, entre outros que envolvem o ambiente de qualquer empresa.
Cada um desses pontos depende de boas práticas de gerência, seja para ter uma equipe de colaboradores bem preparada ou para cuidar melhor das finanças do negócio e evitar perdas financeiras, por exemplo. Dessa forma, entendemos que a gestão empresarial não é só importante, mas algo essencial para conduzir todas as ações que envolvem um empreendimento ao rumo certo.
Em outras palavras, deixar de incrementar esforços de produtividade, não implantar práticas eficientes de cobrança, manter equipamentos obsoletos ou gastar mais do que fatura, são algumas das inúmeras falhas de gestão que, mais cedo ou mais tarde, cobram seu preço.
Entenda a importância da gestão empresarial
Para entendermos melhor a importância da gestão empresarial, vejamos alguns números mais recentes da economia brasileira, fornecidos pela Pesquisa Demografia de Empresas, divulgada no final de 2017 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e revelou que:
- nosso país registra mais empresas que fecham do que as que abrem. E esse é um movimento que se repete há dois anos;
- em 2015, foram abertos 708,6 mil negócios, enquanto outros 713,6 mil fecharam as portas;
- apesar do desempenho negativo, superou o registro de um ano antes, quando o Brasil teve 944 mil empreendimentos fechados e 726,3 mil abertos.
Especificamente no setor comercial, segundo o IBGE, os dados de 2016 também não foram promissores: o impressionante número de 46.322 empresas encerraram suas atividades no ano, com 265 mil postos de trabalho a menos. Entretanto, o que todas esses dados tão negativos têm a ver com a gestão empresarial? Lamentavelmente, a relação é total.
Em outra ponta, durante suas análises de mercado, o SEBRAE, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, relatou os principais motivos que levam empreendedores a encerrarem suas atividades em momentos diferentes. Sempre no topo do ranking negativo estão as deficiências na gestão empresarial.
Nesse contexto, a entidade aponta como erros comuns as relações com fornecedores e público-alvo, equívocos nos processos de venda, desconhecimento sobre o mercado (incluindo a concorrência), assim como falhas no controle financeiro. A verdade é que ao se questionar sobre a importância da gestão empresarial, compreenda que, sem ela, seu sonho e seu projeto de negócio não darão certo. Simples assim.
Quais as melhores práticas de gestão empresarial?
Aplicar a gestão empresarial depende basicamente de planejamento, eficiência operacional, mensuração de resultados, uso de tecnologia e de mão de obra qualificada.
Assim, para manter a engrenagem ativa e funcionando bem, o gestor deve recorrer a essas armas. Pois são elas que o deixam apto a fazer frente aos inúmeros e diários desafios. Tudo isso exige preparo, conhecimento e muito jogo de cintura. Partir desses princípios essenciais faz todo o entorno se organizar melhor, como destacamos abaixo.
Planejamento
A verdade é que toda empresa precisa ter metas definidas. Isso significa estipular onde ela deseja chegar para que se estabeleça o caminho e os passos necessários para alcançá-las.
Nesse contexto, a demanda por um planejamento surge antes mesmo de se abrir as portas, ainda no plano de negócio — recurso de gestão que indica o passo a passo para viabilizar que a ideia saia do papel.
Assim sendo, o compromisso se mantém durante toda a existência da empresa. E, por diversas vezes, exige ajustes para corrigir possíveis desvios. Bem como a revisão de alguns processos.
Até mesmo no caso de decisões difíceis, como a demissão de funcionários e o fechamento de unidades exigem planejamento para que sejam efetivadas. Por fim, a ideia de ter um planejamento de vendas, por exemplo, é muito clara:
- calcular riscos,
- minimizar falhas e danos,
- orientar o negócio em direção aos melhores resultados.
Eficiência operacional
Essa prática consiste em fazer mais e melhor utilizando menos recursos do que o tradicional. Adotá-la ajuda a:
- aumentar a produtividade,
- a tornar os processos produtivos bem mais eficientes,
- também a reduzir custos em diversos âmbitos.
Como um reflexo da eficiência operacional, o consumidor passa a ter produtos ou serviços de mais qualidade. E que causam menos impactos ao meio ambiente, por exemplo. Além disso, na maioria das vezes, oferecem um valor agregado diferente do normal.
Mensuração de resultados
A máxima de Philip Kotler, que diz: “o que não é medido não é gerenciado” nunca fez tanto sentido quanto para as boas práticas de gestão empresarial. Assim, mensurar resultados é uma maneira de o gerente ter a chance de avaliar o seu empreendimento e identificar se ele está no caminho certo, orientado para o alcance dos resultados esperados.
Dessa forma, para contar com um instrumento de gestão que complementa o planejamento, você deve fazer uso de indicadores de desempenho estratégico como:
- produtividade;
- eficiência;
- qualidade;
- lucratividade, entre outros.
Uso de tecnologia
Colocar a gestão empresarial em prática não é tarefa fácil, entretanto, já foi bem mais difícil. Em um passado recente, muitas das tarefas e controles eram realizadas manualmente. E isso exigia maior esforço do gestor e tomava muito tempo. A boa notícia é que a evolução da tecnologia automatizou muitas atividades e facilita muito os processos por meio de Business Intelligence.
Assim, atualmente, é possível contar com diferentes sistemas de gestão empresarial no mercado, para os mais variados portes de empresas. Como é o caso da implementação de ERP — Enterprise Resource Planning ou Sistema Integrado de Gestão Empresarial.
Dessa forma, os ERPs são soluções que integram os diferentes setores de um negócio, trocam e compartilham informações e disponibilizam relatórios para algo muito importante nos dias de hoje: a análise detalhada de dados. Por exemplo, vejamos o caso de uma venda de um produto. Isso gera informação para:
- cobrança (financeiro);
- faturamento e emissão de Nota Fiscal (administrativo);
- saída do ítem (estoque);
- reposição (departamento de compras).
Tudo o que foi citado acontece de maneira automática. Nesse caso, outra grande vantagem de um software de gestão é o registro da receita no fluxo de caixa, que é uma das mais importantes ferramentas para o controle financeiro de qualquer negócio.
Isso porque todas as decisões da empresa têm impacto direto no fluxo de caixa. E ter as informações dos gastos com a produção, dos gastos fixos, das comissões e dos impostos é fundamental para tomar a decisão certa.
Qualificação profissional
Por fim, mas não menos importante, uma gestão empresarial correta depende de contar com a atuação de profissionais qualificados.
Isso vale tanto para a escolha de gerentes e supervisores preparados para enfrentar o desafio, quanto para a seleção e montagem de um time talentoso. Sem esquecer da formação do próprio dono do negócio, que em alguns casos atua sozinho na empresa.
Portanto, treinamentos de vendas, cursos profissionalizantes, técnicos, de graduação e pós-graduação são requisitos básicos e obrigatórios para quem está à frente dessa missão.
Mesmo que se contrate uma consultoria especializada em gestão empresarial e que um contador qualificado faça parte dos processos do negócio, o gestor não pode, de maneira alguma, abrir mão de sua responsabilidade e de seu compromisso. Para tanto, ele deve dar o exemplo com muito preparo. E assegurar que as pessoas ao seu redor também estejam aptas a enfrentar o desafio que envolve um empreendimento.


Como fazer gestão empresarial em Pequenas e Médias Empresas (PMEs)?
Chega a ser um consenso — que engana pequenos e médios empreendedores —, acreditar que na gestão de negócios desse tipo de porte não existe complicações. E que eles demandam menos preocupações. Pensar dessa forma é um erro grave. Uma vez que onde há um faturamento menor, os riscos à manutenção das atividades se acentuam.
Nesse cenário, as estatísticas do IBGE elegem esse perfil de empresas, pois ele representa 99% do total de empreendimentos no Brasil. Assim sendo, as frequentes falhas de gestão e a alta taxa de mortalidade precoce se direcionam especialmente a essa modalidade de negócios.
Mesmo que haja uma crise externa, os reflexos são sentidos internamente, o que demanda controles mais rigorosos e a atuação firme da gestão para que o barco não afunde com a queda nas vendas, por exemplo.
Portanto, em PMEs, a recomendação principal é não subestimar essa necessidade. Fica claro que não é o porte do empreendimento que a determina. No máximo, o tamanho é apenas um indicador de complexidade.
A verdade é que nem sempre é viável manter um profissional especializado em cada área. Por isso, a administração deve considerar que o custo de soluções inovadoras em gestão empresarial não deve representar um impeditivo para negócios com faturamento menor.
Portanto, ter um viés sempre voltado à inovação e com muita criatividade, os donos de pequenos e médios negócios conseguem organizar melhor a operação e ter uma gestão da informação que os auxilie em tomadas de decisão mais acertadas.
Como é a gestão empresarial nas grandes empresas?
A gestão empresarial em uma empresa de grande porte tem diversos desafios. Uma vez que demandam um gerenciamento mais complexo, com mais aspectos a se considerar e um maior número de pessoas envolvidas. Assim, o grande desafio é tomar decisões rápidas sem atropelos e sem deixar de atender às hierarquias internas.
Você deve ter em mente que há regulamentos e protocolos a serem cumpridos, reuniões gerenciais, análises que dependem de dados de diferentes origens e toda uma burocracia que pode ocasionar atrasos fatais em algumas situações.
Dessa forma, ao mesmo tempo em que a gestão compartilhada em grandes empresas é um ponto positivo, ela também representa um grande obstáculo. Portanto, imprimir velocidade aos processos é um dos mais importantes pontos de atenção, mas não deve ser único.
Em alguns casos, empresas de grande porte têm que prestar contas à diferentes partes, incluindo ao mercado e aos acionistas — para aquelas de capital aberto, que negociam ações em bolsas de valores. Nesse cenário, existe toda uma preocupação com a imagem e o fortalecimento da marca, que talvez possa ser facilmente prejudicada e, dessa maneira, atrapalhar o andamento dos negócios e seus resultados.
Mesmo o poder financeiro mais elevado tem a possibilidade de vir a ser um problema e não uma oportunidade, como muitos acreditam. Isso porque qualquer tipo de investimento só deve sair do papel após a realização de uma pesquisa aprofundada.
Por exemplo, vejamos o lançamento de uma solução inovadora ou um novo produto. Concretizar isso requer recursos financeiros voltados para pesquisa e desenvolvimento, design e divulgação, entre outros.
No mesmo sentido, aquilo que aparenta ser simples em um negócio de pequeno porte, como o treinamento de um novo colaborador, talvez exija a participação de diferentes profissionais em uma empresa grande.
Quais são os tipos de gestão empresarial?
A literatura aponta três tipos de modelos de gestão empresarial — Cadeia de Valor, Ciclo de Inovação e Ciclo de Deming, que explicaremos abaixo.
Cadeia de valor
Michael Porter introduziu o conceito de Cadeia de Valor em 1985, que parte de analisar todas as atividades do empreendimento para, então, determinar seu valor diante da concorrência e junto ao público. Esse modelo de gestão tem como objetivo reduzir custos, elevar a rentabilidade e tornar a companhia mais competitiva no mercado.
Ciclo de inovação
Com o conceito tratado por Joseph Schumpeter, um dos principais autores e pensadores da administração, esse tipo de gestão empresarial é voltado a processos criativos e de inovação. Assim, o Ciclo de inovação passa pelas etapas de criação, implementação e capitalização dos projetos. Dessa forma, o objetivo, mais uma vez, é de elevar a competitividade da empresa e todos os esforços são orientados para isso.
Ciclo de Deming
O modelo é chamado assim, pois foi criado por William Edwards Deming e prevê que toda e qualquer ação possa ser cíclica e que passe por quatro fases:
- planejamento;
- desenvolvimento;
- checagem;
- ação.
Por isso, o Ciclo de Deming é também conhecido como ciclo PDCA. Por fim, seu foco é na melhoria contínua, com agilização das ações e, assim, ter a chance de tornar a gestão mais eficiente.


Quais ferramentas podem ser utilizadas na gestão empresarial?
Como destacamos ao longo deste conteúdo, administradores se valem de diferentes ferramentas de gestão empresarial com o objetivo de qualificar processos e facilitar a sua atuação. Assim sendo, trazemos mais detalhes sobre as principais delas.
Análise SWOT
A ferramenta é creditada a um líder de pesquisas na Universidade de Stanford, Albert Humphrey e avalia a competitividade de uma empresa diante da concorrência. Portanto, a Análise SWOT em português, significa FOFA:
- Forças: são os pontos fortes da empresa no momento, que ampliam a sua competitividade;
- Oportunidades: representam as perspectivas futuras na relação com o mercado;
- Fraquezas: os pontos fracos da empresa no momento, que resultam em menos vendas, prejuízos e custos maiores;
- Ameaças: são os riscos futuros que a concorrência oferece.
Em resumo, essa ferramenta de gestão empresarial auxilia o gestor a estipular quais são os pontos positivos e negativos, com a chance de projetar o que virá pela frente.
Matriz BCG
Esta solução foi criada em 1970 para a consultoria empresarial americana Boston Consulting Group, por Bruce Henderson e classifica os itens conforme a sua taxa de participação de mercado e crescimento. A partir daí, o gestor tem a oportunidade de adotar as medidas mais adequadas a cada um deles.
Então, a matriz BCG é um tipo de análise gráfica que se refere ao valor de uma empresa e às soluções que ela oferece. É uma ferramenta muito útil para checar qual a melhor estratégia deve ser implementada para cada produto ou serviço. Bem como para o próprio negócio.
Balanced Scorecard (BSC)
O BSC é uma metodologia de medição e gestão de desempenho, concebida pelos professores da Harvard Business School, David Norton e Robert Kaplan, e é utilizada para mensurar o desempenho da empresa a partir do balanço e da análise de indicadores e metas.
Essa ferramenta parte da elaboração de um mapa estratégico até a definição de um plano de ação. Ele é formado sob quatro perspectivas:
- processos internos;
- financeira;
- mercado;
- cliente.
5 forças de Porter
Essa ferramenta é um modelo de análise competitiva. Ela permite entender melhor a concorrência e, assim, montar uma estratégia para superá-la. Portanto, listamos abaixo as cinco forças competitivas de Michael Porter:
- rivalidade com os concorrentes;
- entrada de novos concorrentes;
- ingresso de novos produtos;
- poder de negociação de fornecedores;
- poder de negociação de clientes.
Business Model Canvas (BMC)
Esta solução proporciona uma análise visual dos principais departamentos de uma empresa, por meio de um mapa. Assim, é útil para criar, testar ou até mesmo com a finalidade de rever o modelo de negócio. Dessa forma, o Business Model Canvas, inicialmente proposto por Alexander Osterwalder, identifica:
- as fontes de receitas;
- o que a empresa tem de oferta ao mercado;
- a definição de público-alvo;
- como é o relacionamento com os seus clientes;
- os gastos pertinentes ao empreendimento, entre outras informações relevantes.
Uma maneira interessante de usar o Business Model Canvas é chamar o maior número possível de funcionários da empresa para preenchê-lo. Depois de feito, deixar a ferramenta livre e exposta para que qualquer pessoa tenha a chance de contribuir com as informações.
Quais são os benefícios da gestão empresarial?
Você certamente já identificou neste artigo boas razões para se dedicar à gestão empresarial. Ou, se for o caso, selecionar profissionais competentes para isso. Contudo, para que não reste nenhuma dúvida, a lista de benefícios aos que dão atenção para a GE é grande. Por isso, vamos relacionar agora as principais vantagens desse processo na sua organização. Confira!
- tomada de decisões mais acertada;
- visão sistêmica e integral sobre o negócio;
- conhecimento ampliado acerca do mercado;
- melhor uso dos recursos disponíveis;
- aumento da lucratividade;
- redução de custos;
- aumento da produtividade e da eficiência;
- maior qualificação dos controles internos;
- auxílio na definição e cumprimento de metas;
- chance de ter um planejamento estratégico da empresa no longo prazo;
- otimização do tempo;
- ampliação da organização;
- maior integração entre os departamentos;
- processos mais seguros e menos suscetíveis a erros.
Neste post você pôde conferir um guia completo sobre gestão empresarial. Desde o seu conceito até a sua aplicação em pequenas, médias e grandes empresas Isso tudo com os principais tipos e principais ferramentas dessa prática tão importante para os negócios. Então, aproveite as informações e dicas obtidas aqui para elevar a sua atuação a patamares diferenciados. E, dessa forma, conduzir a marca para a obtenção de melhores resultados.
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