Para que o negócio funcione de forma saudável, é importante estar atento a diversos pontos relevantes, como otimização dos processos, vendas e controle do estoque, entre outros aspectos que fazem parte da rotina corporativa. Nesse cenário, o ideal é contar com um Planejamento das Necessidades de Distribuição (DRP).
Esse método é usado nas indústrias, centros de distribuição e varejo para melhor atender às necessidades dos clientes. O grande objetivo é evitar a falta de produtos nos estoques e, ao mesmo tempo, impedir que eles fiquem parados nos depósitos e prateleiras.
Quer entender melhor os benefícios do DRP e como aplicá-lo na empresa? Então continue lendo este post!
O que é DRP?
Imagine centros de distribuição (CD) com vários itens, enquanto nos pontos de venda percebe-se o espaço vazio em algumas das gôndolas. Neste cenário, muitos empresários se questionam: “O que há de errado?”
Aqui, nota-se a falta da aplicação do conceito de DRP (Distribution Requirements Planning), também conhecido como Planejamento das Necessidades de Distribuição.
A função do DRP é exatamente distribuir, com mais eficiência, os produtos armazenados no CD entre os pontos de venda. E isso deve ser feito por meio de sugestões de como, quando e quanto de cada item enviar para cada uma das unidades.
Mas o que faz o DRP?
De modo simples, o DRP faz a sistematização de todos os produtos que serão encaminhados para o estoque ou pontos de vendas. Essa sistemática utiliza o histórico de recebimentos e outras informações relevantes sobre a demanda para selecionar os itens que devem ser armazenados ou expedidos, bem como a quantidade ideal.
Imagine que uma rede varejista possui dois centros de distribuição (A e B) espalhados em um Estado. O primeiro fica localizado em uma região metropolitana, cuja demanda é maior. O segundo fica em um local mais afastado para atender cidades menores e com menos pedidos.
Com base no histórico de recebimentos da varejista, é realizada a distribuição dos itens para cada um desses centros de distribuição. O primeiro centro, por ser mais próximo de uma capital, vai exigir um maior volume de produtos, enquanto o segundo pode necessitar de um número inferior para armazenagem e expedição.
Qual é o objetivo do DRP?
O objetivo do DRP é assegurar que o centro de distribuição será alimentado conforme demanda e necessidade, mas não é só isso. O Planejamento das Necessidades de Distribuição também busca ajudar as empresas a terem uma logística de transporte mais econômica e eficiente.
Além do preço, a disponibilidade de produtos e a agilidade das entregas são pontos que favorecem (e muito) a competitividade empresarial e contribuem para a fidelização de clientes.
Assim sendo, indústrias, redes varejistas, atacadistas e outros modelos de negócio que possuem centros de distribuição precisam implementar o DRP o mais rápido possível.
Como funciona o DRP?
Para dimensionar os níveis de estoque por produto para cada loja, o DRP calcula recomendações de reposição, sugerindo como, quando e quanto de cada mercadoria será enviada a determinada unidade. Para isso, são analisados parâmetros como:
- Média de vendas em cada loja;
- Tempo gasto para entrega entre CD e loja;
- Demanda e frequência de reposição;
- Nível de estoque global e por filiais;
- Rentabilidade de determinada linha;
- Curva de tendência de consumo e desvios;
- Estoque de segurança.
Uma rede de supermercados, por exemplo, pode identificar qual de suas lojas deve receber mais unidades de água de uma determinada marca. Ainda, entender que, em sua unidade no litoral, a reposição de cervejas é solicitada em 50% menos tempo que na região serrana. Por isso, o envio de itens desse tipo pode ser maior.
Veja que o DRP será capaz de sugerir a quantidade e o momento adequados de produtos que devem ser enviados às suas lojas.
Quais são as etapas do DRP?
Para ser bem-sucedida, a aplicação do DRP envolve várias etapas que garantem que os produtos certos cheguem ao lugar certo, no momento certo. O processo estruturado facilita a coordenação e otimização dos fluxos de inventário. A seguir, confira as etapas.
Levantamento de dados
O primeiro passo na utilização do DRP é o levantamento de dados. Nessa fase, é feita a coleta de informações detalhadas sobre vendas anteriores, níveis de estoque atual, capacidades de armazenamento e logística de transporte. Esses dados serão usados para entender as tendências de consumo e as necessidades operacionais.
Previsão de demanda
Com base nos dados coletados, a próxima etapa é a previsão de demanda, ou seja, utilizando modelos estatísticos e análises de tendências, as empresas podem estimar a demanda futura por produtos. Essa fase ajuda a determinar quantidades adequadas de produtos para manter nos centros de distribuição e lojas.
Cálculo da necessidade de reposição
Após prever a demanda, o DRP calcula a necessidade de reposição de estoquereposição de estoque. Esta etapa envolve determinar a quantidade de cada produto que deve ser enviada de um centro de distribuição para os pontos de venda, de maneira a garantir que o estoque esteja sempre alinhado com a demanda prevista.
Geração do plano de distribuição
O próximo passo é a geração do plano de distribuição. Aqui, os insights das fases anteriores são transformados em um cronograma concreto para a movimentação de produtos. O plano detalha quando e em que quantidade cada item deve ser expedido para atender plenamente às necessidades das lojas.
Monitoramento e ajuste do plano
Finalmente, o plano de distribuição deve ser monitorado de forma contínua e ajustado conforme necessário. Para tal, é importante acompanhar o desempenho real do plano e fazer ajustes para lidar com mudanças na demanda ou outras variáveis externas.
Qual é a importância do DRP?
O DRP é uma ferramenta estratégica essencial para gerenciar a cadeia de suprimentos de uma empresa da melhor maneira. Como resultado, é possível garantir que os produtos certos estejam disponíveis nos lugares certos e nos momentos certos, otimizando a distribuição e ajudando as empresas a reduzir custos.
Nesse sentido, elas podem, por exemplo, minimizar o capital empregado em estoques excessivos e reduzir gastos associados à armazenagem e à obsolescência de produtos.
Ademais, a importância do DRP também está em sua capacidade de melhorar o serviço ao cliente. Quando garantem a disponibilidade de produtos, as empresas podem evitar a frustração do cliente e oportunidades de vendas perdidas devido à falta de estoque.
Além disso, um sistema DRP tem seu papel em aumentar a agilidade e a flexibilidade da empresa. Por sua vez, isso permite uma resposta mais rápida às mudanças nas condições do mercado ou nas preferências dos consumidores.
Por fim, o DRP contribui para uma visão mais integrada e colaborativa da cadeia de suprimentos. Ainda, facilita a comunicação e coordenação entre diferentes departamentos e locais, o que é crucial para a realização de objetivos comerciais comuns e para a sustentabilidade da empresa a longo prazo.
Quais são os principais benefícios do DRP?
Por meio do DRP, é possível antecipar a demanda e tornar a entrega de mercadorias mais efetiva ao identificar itens mais requisitados, suas quantidades e seus destinos. Assim, obtêm-se muitos benefícios. Acompanhe!
Mantém o equilíbrio entre consumo e armazenagem
Aplicando o DRP, fica mais fácil realizar um balanceamento efetivo do estoque. Assim, a reposição das mercadorias acontece em tempo hábil e na hora certa, o que diminui a falta de itens nos pontos de venda e o excesso de produtos parados.
Essa metodologia evita a ausência de mercadorias demandadas pelos clientes nas gôndolas e atrasos nas entregas. Afinal, existe um registro integrado de informações relevantes a respeito dos processos operacionais da empresa, ajudando na estruturação dos envios entre os centros de distribuição para os locais de venda.
Reduz o estoque
Outro ponto interessante do DRP é que ele mantém o saldo do estoque equilibrado, impedindo que os centros de distribuição sofram com o excesso de produtos armazenados. Assim, somente os itens necessários para atender a demanda de uma determinada região passam a compor as prateleiras, não mais que isso.
Desse modo, além de otimizar a movimentação interna das mercadorias — já que o estoque fica mais enxuto — indústrias e distribuidoras também conseguem ampliar o controle sobre os produtos armazenados e expedidos, evitando a perda de itens devido à extrapolação de prazos de validade.
Garante o acesso a indicadores mais precisos
O Planejamento das Necessidades de Distribuição também permite que gestores e líderes de negócio acessem indicadores mais precisos, uma vez que as informações sobre os recebimentos e as expedições ficam salvas e novos dados alimentam o sistema construindo os históricos.
Essas informações contribuem para a empresa identificar períodos de sazonalidade, com mais e menos demanda, preferências de produtos e até para estudar mais a fundo o comportamento dos clientes.
Amplia o olhar sobre processos logísticos
Com o DRP, indústrias e empresas conseguem ainda ampliar o olhar sobre os processos logísticos, identificando possíveis gargalos que podem atrapalhar o transporte ou o recebimento de produtos. Ainda, é possível obter insights para agilizar entregas e otimizar a circulação de produtos.
Quando se trata de processos logísticos, quanto maior a visão, melhor. Ou seja, os líderes e gestores têm mais controle sobre suas operações e, com mais controle, menor é a incidência de erros e a chance da empresa perder clientes devido a uma falha interna, como atrasos ou avarias de produtos.
Minimiza custos
Quando a empresa compreende quais são os desejos dos consumidores, os itens não correm mais o risco de ficar parados no estoque. Isso impede que a mesma sofra prejuízos financeiros ou desperdícios, levando a uma redução de custos considerável.
Nesse sentido, é interessante para o negócio buscar melhorias nos processos de distribuição, chegando a ações mais eficazes e econômicas. Isso resulta na necessidade de otimização dos níveis de estoque e também na redução da aplicação de recursos financeiros.
Aumenta a eficiência operacional
O DRP ainda contribui para o aumento da eficiência operacional da empresa. Todos os dados ficam armazenados em um único local, por meio de ferramentas capazes de realizar essa automatização. Assim, diferentes níveis de gestão acessam as informações e tomam as decisões mais adequadas com base em registros precisos.
Dessa forma, a elaboração de ações para evitar erros de processo e ruptura de estoque ganha agilidade, gerando um fluxo de trabalho mais organizado e com maiores chances de lucro e desenvolvimento do negócio.
Otimiza as rotas
O método DRP auxilia no entendimento da relação entre os pontos de vendas e seus clientes. A otimização da rota consegue evitar e resolver lacunas relativas à falta de produtos em determinadas regiões, enquanto em outros locais os itens estão em excesso. Dessa forma, é possível elaborar as melhores rotas para levar as mercadorias em prazos menores nos lugares que apresentam maiores demandas.
Minimiza perdas
É fato que produtos parados nos estoques geram custos elevados de armazenagem e aumentam as chances de perdas devido ao vencimento, avarias e demais danos. Por meio de um bom Planejamento das Necessidades de Distribuição, todos esses problemas podem ser evitados.
Aprimora a experiência do consumidor
A ausência de itens nos pontos de venda pode causar uma má impressão nos consumidores. Isso ocorre porque, quando o cliente entra no estabelecimento buscando um determinado item e não o encontra, acaba ficando frustrado.
Com o DRP, é possível realizar essa previsão e tomar as medidas adequadas para proporcionar uma boa experiência ao público.
Contribui para a fidelização de clientes
Uma vez que a empresa possui os itens necessários para atender a demanda e aprimorar a experiência do consumidor, ela também consegue aumentar as chances de fidelizar clientes e alimentar a sua base de compradores fiéis. Além disso, ainda pode receber um maior número de indicações, o que favorece sua reputação e credibilidade, tornando a marca uma referência no seu nicho.
Como implementar o DRP na prática?
Para implementar um Planejamento das Necessidades de Distribuição eficiente é preciso seguir três fases. Cada uma tem o intuito de reestruturar a execução das tarefas e, para isso, é necessário investir em ferramentas tecnológicas capazes de automatizar o gerenciamento de produtos e materiais. Entenda melhor como elas funcionam!
Primeira fase
Inicialmente, realiza-se um levantamento de itens disponíveis no centro de distribuição e nos pontos de venda. O ideal é contar com o auxílio de um sistema que faça a leitura das etiquetas dos produtos, repassando os dados para um dispositivo eletrônico.
Assim, fica mais fácil ter em mãos informações que contribuem para a elaboração de estratégias, com a análise dos seguintes aspectos:
- Estoque disponível para venda;
- Previsão de demanda de produtos;
- Pedidos de entregas atuais e futuros;
- Quantia mínima de itens para compra, armazenagem e distribuição;
- Fluxo de entrega.
Segunda fase
Após a transmissão dos dados ao sistema, o DRP propõe um padrão que ajuda a definir os recursos necessários para desenvolver práticas logísticas completas. O gestor então consegue compreender os itens que apresentam maior saída, além de identificar as regiões onde a demanda é maior.
Trata-se da estratégia de antecipar a verdadeira necessidade de aplicação de recursos com estoque. Isso colabora no planejamento das atividades do setor de suprimentos para estipular o nível de compras de cada produto, influenciando na capacidade de transporte adequada para a distribuição, sobretudo, nos períodos de mais vendas. Tudo isso abrange:
- Mercadorias necessárias, quantidade adequada, locais e períodos corretos;
- Estoque ideal;
- Planejamento do transporte;
- Nível de compras por item.
Terceira fase
Depois de finalizar a análise, o DRP mostra um comparativo entre o que os fornecedores disponibilizam, os recursos necessários e as possíveis demandas para o futuro.
Na sequência, o sistema indica as metodologias e medidas que podem ser inseridas para assegurar a obtenção ou a produção correta de itens, chegando ao equilíbrio entre oferta e demanda.
Dessa forma, é possível dizer que a medida cumpre papel primordial para garantir um controle adequado sobre a disponibilidade de mercadorias para os estabelecimentos que lidam de forma direta com o atendimento ao público.
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Como o DRP pode melhorar o desempenho da distribuidora?
O gerenciamento da cadeia de suprimentos é uma engrenagem complexa que envolve a coordenação de várias áreas, como compras, programação de operações, logística e planejamento de capacidades de recursos.
Contar com um sistema DRP eficiente vai equilibrar a demanda dos clientes e o estoque disponível. Além disso, melhorar o relacionamento com os fornecedores e identificar a necessidade de buscar novas parcerias para suprir a cadeia são formas de melhorar o desempenho das empresas.
Ademais, o DRP também aumenta a eficiência logística, com a reposição de mercadorias no tempo e na hora certa. Isso ajuda a aumentar as vendas, já que os itens estarão sempre disponíveis nas prateleiras.
Do ponto de vista financeiro, além do aumento das vendas, ao equilibrar o estoque, menos dinheiro fica parado em estoque ocioso. Assim, o setor de compras também vai ganhar tempo gerando os pedidos certos, no momento certo. Com o ganho de agilidade operacional e compradores mais produtivos, as equipes também ganham tempo para atuar de forma mais estratégica.
Invista em ferramentas para um bom planejamento das necessidades de distribuição
O DRP é um recurso muito eficaz para o controle do estoque, venda de produtos e tomada de decisão mais eficiente. Isso porque, ele evita o armazenamento de itens em excesso ou até a ausência de produtos, fatores que geram prejuízo ao negócio e podem afetar a experiência do consumidor.
Contar com o auxílio de boas ferramentas é muito importante para um bom planejamento de distribuição. O FoccoERP é um sistema de gestão que integra todas as informações, permite controlar as demandas e fazer o planejamento das necessidades de distribuição por meio da inteligência artificial.
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