Você sabe como melhorar o processo produtivo? Esse é um dos maiores desafios dentro da gestão empresarial, principalmente para as indústrias que desejam ganhar destaque no mercado e atingir o sucesso em seus respectivos setores.
Esse desafio ocorre porque a escala de fabricação das indústrias é muito ampla, fazendo com que, na maioria das vezes, os gastos para executar as atividades da cadeia também sejam.
Se você é gestor e quer melhorar o processo produtivo da sua indústria para obter ganhos como competitividade, maior satisfação dos clientes e maior valor agregado aos produtos, confira este guia completo sobre processo de produção. Boa leitura!
O que é processo produtivo?
Trata-se do conjunto de atividades voltadas para a transformação da matéria-prima em produto pronto. Existem diferentes etapas que podem compor esse processo, a depender do tipo de produto que será fabricado, da matéria-prima usada, da capacidade de maquinário, entre outros.
Geralmente, as etapas envolvem:
- Planejamento de produção;
- Compra de insumos;
- Recebimento de matéria-prima;
- Transformação da matéria-prima em produto;
- Armazenamento do produto pronto;
- Distribuição.
Mais à frente, vamos entender melhor o que cada uma delas representa.
Quais são os objetivos do processo produtivo?
O processo produtivo tem como objetivo principal transformar a matéria-prima em um produto pronto para que seja entregue ao cliente. Mas o que esse procedimento significa em toda sua complexidade? Vários objetivos ramificados, como veremos a seguir.
Aprimorar a posição competitiva no mercado
Empresas que possuem um processo produtivo bem planejado são capazes de oferecer produtos de maior qualidade, com custos menores e em prazos mais rápidos. Esses diferenciais contribuem para elevar sua competitividade empresarial e permitir que a organização se destaque diante dos seus concorrentes.
Assegurar a sustentabilidade a médio e longo prazo
Ao otimizar o uso de recursos e reduzir os desperdícios, o processo de produção torna a operação mais sustentável, tanto no quesito ambiental quanto no econômico. Esses elementos ajudam a empresa a manter uma continuidade saudável de operação ao longo dos anos.
Ampliar a rentabilidade da organização
A produção que é considerada eficiente pode contribuir ainda para a empresa reduzir os custos e aumentar a sua margem de lucro significativamente. Isso ocorre porque ela passa a otimizar o uso de seus materiais e mão de obra, o que a ajuda a produzir mais gastando menos.
Atender à demanda por produtos e serviços
Ao ter um processo produtivo ágil, a empresa consegue também acompanhar as variações do mercado e responder a todas as demandas mais rapidamente. O resultado disso é que ela evita quaisquer rupturas que podem aparecer na jornada de compra do cliente, assegurando a entrega dos produtos no momento certo.
Agregar valor a um produto já existente
Quaisquer melhorias que forem aplicadas no processo de produção podem resultar em itens melhores, seja em termos de qualidade, desempenho ou customização. Dessa forma, a empresa também pode elevar o valor percebido pelo cliente através dos seus processos, tornando-se uma marca referência.
Revigorar o portfólio de produtos
Empresas que detêm um processo produtivo realmente eficaz apresentam mais capacidade de lançar novos produtos ao mercado ou atualizar os itens que já complementam o seu portfólio. Esses potenciais de ação são diferenciais importantes em um tempo em que as necessidades do consumidor/cliente mudam de forma acelerada.
Qual é a importância do processo de produção para uma empresa?
A forma com que o processo de produção é conduzido determina a qualidade final do produto. Se todas as etapas forem realizadas corretamente e conforme o plano, a empresa será naturalmente capaz de entregar uma mercadoria que atenda às expectativas e gere a satisfação dos clientes.
Além desses pontos, outros motivos que reforçam a importância de se ter um processo de produção efetivo, são:
- Aumento da eficiência dos processos;
- Mais competitividade e destaque no mercado;
- Aumento da produtividade da equipe;
- Aprimoramento do ciclo produtivo;
- Diminuição de estoque e de desperdício;
- Aprimoramento da comunicação entre os setores da empresa;
- Melhora da logística;
- Maior valor agregado aos produtos.
Quais são as etapas de um processo produtivo?
O processo produtivo é dividido em diferentes cadeias, a depender do nicho que a indústria atende e do tipo de produto que fabrica. Nesse sentido, uma empresa que trabalha com a produção de embalagens, por exemplo, tem processos mais enxutos do que uma empresa que trabalha com a fabricação de veículos ou de maquinários pesados.
Mas, de modo geral, as etapas costumam se concentrar nos pontos que veremos agora:
Planejamento de produção
Consiste em definir, planejar e programar todo o processo produtivo da empresa. Aqui, os profissionais encarregados pelo planejamento têm a responsabilidade de:
- Prever a demanda do mercado;
- Calcular a capacidade de produção;
- Mensurar a quantidade de produtos a serem fabricados no período;
- Fazer a alocação dos recursos;
- Organizar todos os prazos, mão de obra e equipamentos.
Compra de insumos
Fase que trata de adquirir todos os insumos, materiais e matérias-primas que serão usados na fabricação dos itens.
Aqui, cabe aos profissionais responsáveis:
- Negociar preços e condições de pagamento com os fornecedores;
- Definir prazos de entrega para recebimento de matéria-prima;
- Ajustar as compras de modo que não prejudique o orçamento, entre outras atribuições.
Recebimento de matéria-prima
Etapa em que insumos, materiais e matérias-primas que foram adquiridos anteriormente finalmente chegam até às instalações da empresa.
Os profissionais responsáveis por essa fase são encarregados de conferir e inspecionar os itens para certificar que os mesmos estão em conformidade com o pedido, tanto em qualidade quanto em quantidade.
Transformação da matéria-prima em produto
Fase que consiste em transferir a matéria-prima do estoque e encaminhá-la para a linha de produção, onde deverá ocorrer a alteração/modificação da sua estrutura original para um novo formato.
Essa etapa envolve diversos procedimentos, como montagem, fabricação, corte, solda, entre outros, a depender do nicho que a empresa atua.
Armazenamento do produto pronto
Trata-se de encaminhar os produtos já prontos para armazenamento, de modo que eles fiquem bem conservados até que novos pedidos sejam feitos e os itens sejam encaminhados para o consumidor/cliente.
Nessa fase, destacamos o importante papel da logística e do controle de estoque, práticas encarregadas de otimizar o espaço dos armazéns e garantir que os produtos sejam armazenados em condições adequadas.
Distribuição
Etapa em que ocorre a seleção, embalagem e a separação dos produtos que estão no estoque para serem enviados ao consumidor/cliente por meio do transporte.
Os profissionais que trabalham na distribuição são responsáveis por:
- Definir o melhor modal para o envio dos produtos;
- Alocar os itens nos caminhões ou em outros meios de transporte;
- Planejar as rotas, os prazos e os custos.
Aqui, tudo deve ser feito para garantir que os produtos cheguem no prazo acertado com o cliente e em perfeito estado.
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Quais são os tipos de processo produtivo?
Embora o processo de produção seja categorizado, inicialmente, pelo conjunto de ações que transformam a matéria-prima em produto pronto, é importante recordar que existem diferentes tipos de processos produtivos que podem ser aplicados. Abaixo, veja os principais.
Processos de projetos
Processos de projetos são desenvolvidos para atender às demandas específicas de projetos. Aqui, cada etapa é planejada para garantir que o resultado final do produto atinja todas as expectativas do cliente e cumpram os requisitos do projeto.
Processos em lote
Processos em lotes envolvem a produção de uma quantidade limitada de produtos de uma só vez, geralmente, seguindo a mesma sequência de etapas de produção. É uma abordagem interessante para empresas que buscam equilibrar a eficiência da produção em massa com a flexibilidade da produção personalizada.
Processos em massa
O processo de produção em massa é caracterizado pela fabricação de produtos padronizados em grande escala. Nessa abordagem, os produtos são fabricados de modo contínuo e em grande volume, o que garante a redução de custos e o aumento da velocidade de produção.
Jobbing
O processo de produção Jobbing é uma abordagem que busca atender demandas específicas e únicas de produção. Nesse método, os produtos são fabricados conforme as necessidades individuais de cada cliente, em vez de produções em massa.
Processos contínuos
O processo contínuo é caracterizado pela produção ininterrupta de produtos. Aqui, as máquinas e os equipamentos são projetados para funcionar sem pausas, o que garante uma produção constante.
Quais são os erros do processo produtivo?
Por se tratar de um procedimento complexo que envolve, geralmente, muitas etapas, é comum que os gestores cometam alguns equívocos durante a gestão de um processo produtivo. Acompanhe!
Estoque lotado
Embora manter o estoque cheio seja recomendado para empresas que trabalham com a distribuição de produtos, o mesmo não se aplica em indústrias que atuam com a fabricação de itens. Isso porque, com o estoque lotado e abarrotado de matéria-prima, a empresa pode acabar com insumos obsoletos ou até mesmo com itens que excedem sua capacidade de produção — o que resultará em desperdício e maiores custos operacionais.
Além disso, o estoque muito cheio pode ocasionar altos custos de armazenagem, exigindo que a empresa construa ou até alugue mais galpões para conseguir manter todos os insumos.
Retrabalho
O retrabalho acontece quando existem falhas no processo produtivo, como erros na fabricação, baixa qualidade de insumos ou falhas humanas. Esses erros impactam a produtividade interna, mas mais prejudicial do que isso é que afetam os prazos e a satisfação do cliente.
Tempo de produção irregular ou diferente do planejado
Nem sempre o que está no papel se reflete na prática e quem trabalha com gestão entende muito bem disso.
Quando o tempo de produção varia ou se desvia do que foi programado, pode haver um efeito dominó que acaba prejudicando a entrega ao cliente e o fluxo de trabalho de outros setores. Essa variação pode ser causada por fatores como falhas técnicas em máquinas, ausência de insumos ou até mesmo problemas de gerenciamento de recursos.
Falta de padronização
Empresas que não possuem processos padronizados podem se deparar com problemas sérios atrelados à fabricação dos itens e ao controle de qualidade. A produção, por exemplo, pode se tornar inconsistente e cada lote pode apresentar variações que comprometem o resultado final/padrão do produto.
Como um planejamento estratégico pode ajudar na produtividade da indústria?
O planejamento estratégico é um documento onde o gestor determina todas as metas e objetivos da sua empresa. Quando é gerado da maneira correta, torna-se um poderoso aliado para impulsionar a produtividade e eficiência operacional na indústria.
Ao traçar metas claras e objetivas, alinhadas com a visão de longo prazo da empresa, os gestores e colaboradores passam a ser direcionados para uma mesma direção, e isso contribui para reduzir desperdícios de recursos e minimizar os esforços em atividades que não agregam tanto valor — seja ao produto ou cliente.
Além disso, o planejamento estratégico permite identificar oportunidades de melhoria nos processos produtivos, bem como as formas de otimizar os fluxos de trabalho.
Como calcular a capacidade produtiva?
Além do planejamento estratégico, existe outra ação muito importante no processo produtivo: calcular a capacidade atual que a empresa possui para a fabricação dos produtos.
Em muitos casos, empresas tendem a assumir demandas para as quais não estão preparadas (porque querem aumentar seu faturamento), mas esse descuido — em não saber até onde podem ir com a produção — pode resultar em atrasos, aumento de custos e, em casos críticos, até perda de clientes.
Desse modo, como deve ser feito o cálculo? Primeiramente, é preciso entender três fatores:
- O número de máquinas ou estações de trabalho;
- O tempo que essas máquinas operam diariamente;
- A produtividade por hora de cada máquina.
Fórmula: Capacidade produtiva = (número de máquinas ou estações de trabalho) × (número de horas de operações por dia) × (eficiência das máquinas).
Exemplo prático de como calcular a capacidade produtiva
Aqui, usaremos como exemplo uma indústria de bebidas que fabrica sucos em garrafas pet. A empresa possui cinco linhas de engarrafamento e cada uma dessas linhas funciona por 16 horas diárias. Ainda, cada linha tem capacidade para envasar 2.000 garrafas por hora.
Ao aplicarmos os dados na fórmula, o cálculo da capacidade produtiva diária ficaria o seguinte:
Capacidade produtiva = 5 × 16 horas × 2.000 garrafas por hora
Capacidade produtiva = 160.000 garrafas por dia
Ponto importante: máquinas e equipamentos precisam passar por procedimentos de manutenção e limpeza para manter sua capacidade.
Seguindo com o exemplo, imagine que a empresa sabe que, devido a manutenções e paradas técnicas, existe uma perda estimada de 8% da capacidade total. Considerando isso, podemos dizer que a uma capacidade real da indústria é:
Capacidade produtiva real = 160.000 garrafas por dia – 8%
Capacidade produtiva real = 147.200 garrafas por dia
Como melhorar o processo produtivo?
Agora que você já sabe o que é processo produtivo, principais tipos e como calcular, vamos descobrir algumas práticas que podem ajudar a melhorar o procedimento dentro da sua indústria.
1- Faça o mapeamento do processo de produção
Além de ser um ponto de partida para realizar otimizações na empresa, o mapeamento de processos é um recurso gerencial usado para simbolizar todos os passos de um método produtivo — representando as entradas, saídas e ações executadas, com clareza e objetividade.
Por meio da disposição por etapas produtivas mediante fluxogramas ou outras formas de apresentação, ele permite identificar e analisar falhas que, em geral, passam despercebidas na repetição das tarefas executadas e no cotidiano.
Está disposto a desenhar o mapa de processos da sua indústria? Aqui vão instruções que você precisa seguir.
Identifique as atividades que fazem parte do processo de produção
Separe-as conforme os departamentos e setores de atuação, gestores envolvidos e critérios que as regem. Para isso, consulte profissionais-chave, como colaboradores que têm pleno conhecimento do processo, técnicos e quem está há bastante tempo atuando na empresa.
Uma forma inteligente de captar essas informações é por meio de questionários de opinião, seguido de uma reunião para discutir os fatores mencionados para posterior agrupamento das tarefas.
Sabendo quais atividades são fundamentais para o processo de produção, será mais ágil tomar as decisões congruentes com os objetivos do negócio, visando também a maximização dos recursos existentes.
Considere os objetivos
Após identificar os processos, é preciso classificá-los conforme sua importância e função. Em empresas que não dispõem de métodos bem estruturados, é fácil encontrar áreas distintas executando as mesmas tarefas — o que aumenta o índice de retrabalhos e prejudica a eficiência da organização como um todo.
A próxima etapa, portanto, é avaliar quais são os propósitos de cada procedimento da sua produção. Para tanto, considere os seguintes questionamentos:
- Por que essa tarefa é importante para o meu negócio?
- Qual é o passo a passo dessa atividade?
Após uma análise aprofundada dessas questões, será possível descartar as atividades desnecessárias e investir melhor naquelas que são essenciais para o bom funcionamento dos processos.
Determine o nível de detalhamento das informações
Uma vez que os processos forem realizados e os objetivos definidos, é o momento de começar a desenhar o mapa. Para isso, escolha o método de apresentação mais didático para os colaboradores.
De início, é aconselhável optar pelo fluxograma, pois ele é bastante intuitivo e de fácil compreensão. Depois, crie o mapa de relacionamento organizacional para incluir toda a atividade global do empreendimento: desde a alta administração até a distribuição dos produtos para o mercado.
Em seguida, determine o grau de detalhamento das informações. Para tanto, responda a duas perguntas:
- Qual é o ponto de partida desta etapa?
- Quais são os resultados que queremos atingir ao fim do procedimento?
Com as respostas em mãos, é hora de estruturar o mapeamento. Mas cuidado para não se confundir e enxergar todas as saídas como algo concreto e palpável, como um equipamento, peça ou produto. Na prática, os resultados podem ser de naturezas distintas, como aprovações, dados, gráficos ou processos decisórios.
Melhore a comunicação
A comunicação é uma ferramenta poderosa para garantir compreensão das tarefas, padronização das atividades e eficiência dos processos. No entanto, em algumas organizações, ainda é preciso aprimorá-la.
Por isso, como gestor, você deve investir em diversas plataformas de comunicação e ampliar o acesso a todos os colaboradores para evitar perda de informação e orientações inadequadas para a produção.
Treine a equipe
A capacitação é, sem dúvida, uma das ferramentas de maior impacto para o processo de produção na indústria, principalmente quando são implantadas novas atividades dentro de uma rotina.
Por isso, atente-se para a periodicidade do treinamento, a complexidade da rotina e a capacidade de entendimento dos colaboradores, a fim de instituir a melhor técnica para todos os envolvidos nessa empreitada.
Detecte os processos ineficientes
No processo de produção, é importante avaliar aquelas atividades que não são efetivas e geram altos gastos. Então, preveja esses problemas e realize as intervenções necessárias.
Uma maneira de monitorar é por meio de indicadores que detectam inconformidades, desperdício de recursos ou trabalho duplicado, causando prejuízos em curto, médio e longo prazo para as empresas.
Valide o mapeamento
Verifique se todos os insumos envolvidos foram catalogados e mapeados. Nesse caso, utilize a técnica SIPOC, que é uma sigla, do inglês:
- Suppliers (fornecedores ou parceiros);
- Inputs (entradas);
- Process (processos);
- Outputs (saídas);
- Customers (clientes e consumidores).
Após identificar todos esses pontos, analise o mapeamento por completo, ponderando o vínculo de dependência entre os processos. Por fim, valide a confiabilidade das informações, observando se o mapa retrata fielmente as operações da sua empresa.
Nesse ponto, é importante determinar quem serão os responsáveis pela validação, garantindo também a rastreabilidade de todas as ações desenvolvidas para apurar inconformidades ao longo das etapas.
Avalie os processos e identifique falhas
Com o esboço do mapa em mãos, avalie tudo para ver que está dando certo ou não. Além disso, é um bom momento para detectar falhas no processo e estudar indicadores pertinentes e efetivos para a gestão.
Atrasos, gargalos, inconformidades e todas as adversidades que comprometem o andamento do negócio devem ser considerados. Esses problemas podem estar vinculados à falta de recursos, desperdícios, funções repetitivas, insuficiências operacionais etc.
Por fim, os ofícios que agregam mais valor também precisam ser levantados. Aqui, deve-se, por exemplo, dar atenção redobrada às etapas em que se entra em contato direto com o público-alvo para que ele vivencie a melhor experiência possível.
Elabore propostas de modificação
O processo de produção deve ser claro, objetivo e de fácil execução. Após identificar as falhas, pesquise quais são as possíveis causas dessa condição e tente corrigi-las. Para estruturar essa proposta de modificação, responda às seguintes perguntas:
- Há possibilidade de eliminar atividades desnecessárias?
- O que é necessário fazer para evitar atrasos ou retrabalhos?
- Os profissionais compreendem claramente quais são suas obrigações dentro de cada procedimento?
- Quais desperdícios podem ser detectados na cadeia produtiva?
- É possível automatizar tarefas de rotina?
- Quais processos podem ser abreviados para tornar a operação mais ágil?
- As atividades seguem as boas práticas de fabricação?
- O acompanhamento e controle de processos é eficiente?
- O público-alvo está satisfeito?
- Quais queixas recorrentes (de funcionários ou clientes) afetam a imagem do negócio?
Gere o mapa e divulgue para toda a equipe
Agora, o mapa do processo de produção está pronto e as otimizações necessárias já foram registradas. Mas apenas documentar não basta, ou seja, é preciso assegurar que tudo que foi estruturado seja seguido à risca por todos.
Portanto, divulgue o mapeamento atual — as mudanças propostas e os tipos de implementação das otimizações — para toda a indústria. Lembre-se de explicar os motivos para cada alteração e de gerar valor para todos os envolvidos, de modo que sua equipe assimile a ideia e se comprometa para obter melhores resultados.
Quando a equipe assimila os conhecimentos adequadamente, ela modifica o comportamento em prol das melhorias ou questiona as rotinas que ainda não se encaixaram no padrão proposto, tornando-a vigilante do processo de produção.
2- Identifique e solucione gargalos no processo de produção
Gargalo é quando uma determinada etapa encarece, retarda ou até paralisa as atividades. Esse empecilho é responsável por criar obstáculos diante de metas predefinidas pela empresa, sendo que o maior desafio está em identificá-lo.
A seguir, veja como detectar e solucionar gargalos na produção.
Utilize o mapa dos processos
Ao ler o mapa, qualquer passo que esteja distante do que foi proposto ficará evidente, garantindo que a correção necessária seja feita sem que isso comprometa o resultado do processo. Mas é crucial que o mapeamento seja intuitivo, dinâmico e de fácil visualização.
No entanto, formular o mapa para o processo de produção é algo que leva tempo, exige dedicação e experiência da equipe gestora, algo que vai se construindo gradativamente ao longo dos anos.
Busque a causa do problema
Muitos gestores ficam perdidos no momento de empregar correções, reparando apenas os resultados e desconsiderando as causas do evento. Isso aumenta a necessidade de diversos retrabalhos.
Após estabelecer qual é o caminho que uma etapa deve seguir ao encontrar um resultado negativo ou um erro, tente descobrir onde aquele problema surgiu e crie saídas para que ele não se repita.
Acompanhe as entradas e saídas
Ao conhecer os procedimentos e os recursos necessários, acompanhe as demandas para garantir que será possível atendê-las. Esse controle deve fazer parte do cotidiano da sua gestão de processos.
É necessário ter esse tipo de domínio, pois os gargalos de entrada e saída podem comprometer a qualidade do rendimento (processos) e da entrega de mercadorias, por exemplo.
Se você atua em uma indústria de grande porte, catalogar todo esse fluxo pode ser trabalhoso. Por isso, o ideal é investir em um software de controle de estoque para automatizar essa tarefa.
Defina planos de ação
Ao constatar um problema, determine um plano de ação para repará-lo. Desse modo, reúna todos os envolvidos, defina o objetivo e fragmente-o em ações menores para facilitar o processo de correção. Para isso, delegue tarefas.
O setor deve estar em alerta com a melhoria recomendada, portanto, engaje seu time de profissionais. Explique os motivos que levaram a essas medidas, orientando sobre como e em quanto tempo tudo deve ser consertado.
Estipule metas e trace passos que precisam ser seguidos dentro de um determinado prazo. Ainda, calcule os custos e deixe claro a função de cada um. Dessa forma, evitam-se confusões e o processo não se perde, podendo ser acompanhado.
Use indicadores de desempenho
Uma vez que o plano do processo de produção foi definido, acompanhe a performance e mensure as atividades para obter informações valiosas embasadas em resultados. Assim, é possível compreender se os recursos estão sendo empregados com precisão ou se ainda existe alguma etapa que precisa ser corrigida.
Nesse sentido, utilizar KPIs (indicadores de desempenho) para acompanhar o resultado do processo é crucial, pois eles revelam os pontos de melhoria e apontam alternativas estratégicas que serão específicas para cada situação.
3- Faça a manutenção preventiva das ferramentas e máquinas
A manutenção preventiva aperfeiçoa a utilização de equipamentos e máquinas em vários aspectos. Isso porque, ela ajuda a evitar falhas eletrônicas, mecânicas e técnicas, além de otimizar o consumo de energia e a performance das operações.
Entretanto, vale ressaltar que essa ação não elimina totalmente os problemas que possam vir a ocorrer, mas existirá uma diminuição significativa dos contratempos enfrentados no dia a dia, principalmente quando se tratar da avaliação das peças úteis ao sistema.
Quer adotar essa prática na sua empresa para evitar prejuízos com ferramentas e maquinários? Então, confira as recomendações a seguir.
Levante todas as informações
Registre os dados e características dos equipamentos em uso na produção e que fazem parte do planejamento. Depois, classifique essas máquinas por nível de relevância para o processo de produção e, em seguida, determine prioridades de revisão a médio e longo prazo.
Não deixe de inventariar todas as máquinas para que o processo de produção seja mais eficiente, diminuindo os erros previsíveis e monitorando ativamente as ações e reduzindo custos.
Faça controles periódicos
Manutenções programadas dão mais confiabilidade ao desempenho dos equipamentos, conservando sua durabilidade, visto que pontos de desgaste podem ser detectados com mais facilidade.
Além disso, essa conduta é mais inteligente e barata do que uma manutenção corretiva emergencial, em virtude de um problema grave, que trará consequentemente mais prejuízos a longo prazo.
Com o controle periódico, é possível reconhecer problemas em potencial o mais breve possível e impedir que esses agravamentos causem maior dano na estrutura geral das máquinas, elevando os custos.
Registre dados sobre o funcionamento dos equipamentos
Ao catalogar cada ocorrência de uso ou mau funcionamento de algum equipamento, é possível gerar um verdadeiro banco de dados sobre o período de utilização do aparelho e compreender quais aspectos são críticos.
Com essas informações devidamente organizadas, você consegue realizar o diagnóstico correto de cada máquina. Ademais, alguns fatores avaliados podem apontar a necessidade de uma manutenção preditiva (antecipa eventuais falhas que poderiam causar gastos maiores no futuro), programando-a para um momento oportuno.
Crie um checklist de manutenção
Um checklist bem-feito garante que todos os fatores a serem examinados durante as revisões sejam vistoriados, evitando negligências pontuais, o que diminui consideravelmente a eficiência no processo de produção.
Uma boa lista exige experiência e atenção aos aspectos importantes do processo. Com o passar do tempo, você e sua equipe compreenderão com exatidão quais são os elementos que devem ou não fazer parte do checklist de revisão.
4- Utilize a Internet das Coisas
A Internet das Coisas (IoT) está diretamente ligada à quarta revolução industrial (Indústria 4.0), que está sendo promovida por três grandes inovações no mundo fabril produtivo. São elas:
- Enorme volume de dados e informações virtuais;
- Evolução espantosa da capacidade dos computadores;
- Novos planos estratégicos de otimização que envolvem pessoas, pesquisas e tecnologias.
Essas transformações permitem que toda a planta produtiva (distribuidores, gestão de fornecedores, unidades fabris e mercadorias) esteja conectada digitalmente, promovendo uma cadeia de valor integrada.
Afinal, em meio a todo esse processo produtivo, onde entra a Internet das Coisas?
A IoT se encaixa justamente para integrar todos os dispositivos e equipamentos da organização por meio da conexão, facilitando o cotidiano do processo de produção nos mais diferentes segmentos.
Quando se diz que a internet está nas empresas, no chão de fábrica, compreende-se que todos os maquinários e setores trabalham on-line, oferecendo dados centralizados e em tempo real. O uso dessa tecnologia traz as vantagens que veremos abaixo.
Eficiência operacional
Esse é o benefício mais comentado atualmente e os primeiros implementadores da IoT estão focados nesse resultado, sendo um diferencial tanto para as atividades cotidianas quanto profissionais.
Ao investir em automação, conectividade e táticas de produção mais dinâmicas, por exemplo, sua empresa consegue elevar a produtividade consideravelmente. Sem contar que escalabilidade, economia de recursos e tempo podem ajudar a maximizar os lucros do negócio.
Os principais fatores que aumentam a eficiência operacional são:
- Aperfeiçoamento da produção;
- Diminuição de paradas no processo;
- Redução no custo do ciclo ativo;
- Melhoria no uso de recursos;
- Melhor rendimento de máquinas e de pessoal.
Novos serviços e modelos de negócios
A IoT na Indústria 4.0 viabiliza a criação de novos tipos de receitas graças à realização de operações conectadas. Os modelos de negócio híbridos, por exemplo, utilizam tanto as mercadorias quanto os serviços digitais, como suportes e dicas de uso de produtos via vídeos e e-books.
Esse tipo de serviço ainda consegue estreitar o relacionamento com o público, visto que oferece diversos pontos de contato que geram dados valiosos para todas as partes envolvidas (marca, fornecedores e clientes). É estabelecida uma relação de confiança e fidelidade.
Maior conhecimento para as decisões
A análise dos registros industriais concede um grande volume de informações. Isso melhora a qualidade das decisões em razão de se ter uma percepção mais realista da performance do empreendimento.
Para arrematar, a Internet das Coisas pode conectar todos os seus profissionais, dados e operações do chão de fábrica até a alta administração, contribuindo ainda mais com a gestão do negócio.
Vale frisar que, mais do que otimizar o processo decisório, a Indústria 4.0 vai além. Ela tende a promover que grande parte das decisões ocorra de forma ágil e automática.
5- Escolha utilizar soluções cloud
De modo gradual, as empresas estão sendo modificadas digitalmente — seja pela adoção de conceitos de IoT e automatização com o uso de robôs, seja pela utilização de sistemas de gestão.
Entretanto, sustentar toda essa evolução é bastante oneroso e exige um investimento contínuo por parte do empreendimento. O fato é que as indústrias atuais precisam cada vez mais de serviços de TI para sobreviverem à competitividade do mercado e continuar crescendo.
Por essa razão, o cloud computing (computação na nuvem) surge como uma solução indispensável. Isso porque, permite que as empresas utilizem sistemas operacionais e ferramentas de gestão sem a necessidade de investir em setores de TI internos.
Logo, as soluções em nuvem são bem mais acessíveis do que manter um ambiente físico de tecnologia. Sem contar a possibilidade de administrar tudo em qualquer hora e lugar, graças à mobilidade dos aplicativos.
6- Invista em tecnologia
Como vimos até agora, independentemente do segmento de mercado, a tecnologia caracteriza uma grande transformação no processo de produção industrial, sendo a essência do crescimento e sucesso dos empreendimentos.
Agora, conheça alguns retornos positivos que você pode conquistar ao investir em tecnologia na sua empresa.
Organiza o andamento do negócio
Além da redução de gastos com escritório (papelaria), de modo automático e prático, os softwares permitem que você não precise de uma equipe extensa de colaboradores para executar tarefas de rotina.
Assim, seus próximos recrutamentos estarão concentrados na otimização e expansão contínua da empresa, sobretudo para novas áreas, trazendo mais oportunidades de negócios e aumentando a rentabilidade.
Causa boa impressão
As burocracias provenientes de produtos e serviços provocam irritabilidade em todo o sistema. É justamente nesse tipo de fragilidade que a concorrência tenta fazer a diferença, gerando um diferencial competitivo.
A adoção da tecnologia agrega valores visuais, o que causa boa impressão para o público. A percepção de organização, confiança e, sobretudo, a reputação de uma marca inovadora pode ser a chave para o sucesso do seu negócio.
Basta você, gestor, usar a empatia e se colocar no lugar do seu público para compreender as demandas de cada um. Assim, implantará tratamentos personalizados, sem alterar a missão e visão da empresa.
Fideliza bons negócios e boas relações
Junto a uma boa imagem, o consumidor fideliza os serviços e se sente disposto a indicar outros parceiros para o seu negócio. Ter clientes influenciadores é um dos maiores privilégios que uma empresa pode conquistar.
Afinal, a inovação traz consigo o imediatismo, que é uma característica muito valorizada pelo nicho de mercado atual, ajudando, inclusive, a otimizar o processo de produção na sua indústria.
Intensifica a segurança do negócio
Programas inovadores concedem tranquilidade e segurança para que os dados da empresa e dos clientes não sejam destruídos ou caiam em mãos erradas. Contar com esse respaldo é fundamental para colocar o comprometimento da sua marca em evidência no mercado.
Além disso, com o investimento na plataforma adequada, é possível garantir a rastreabilidade das ações executadas pelos funcionários, sendo uma forma de monitorar os problemas identificados.
7- Simplifique e priorize
Quais são as etapas do seu processo de produção que realmente agregam valor ao produto?
Identificar os procedimentos mais importantes, assim como eliminar os processos desnecessários, pode ajudar a sua indústria a reduzir os custos operacionais e o tempo de fabricação, além de tornar o processo de manufatura mais simples.
A agilidade é um fator determinante para satisfazer o consumidor atual. Caso você consiga otimizar o processo produtivo e acelerar a distribuição dos itens, é bem provável que a sua empresa consiga fidelizar um maior número de clientes.
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8- Treine os funcionários
A qualidade do produto não depende apenas do processo produtivo, mas também das pessoas que trabalham por trás das etapas.
Nesse sentido, é importante que a indústria também treine todas as pessoas envolvidas no processo de produção, oferecendo cursos, workshops e outras formas de capacitação técnica. Além de deixar o time mais bem preparado, isso contribui para o desenvolvimento de uma cultura de aprendizado contínua.
Ademais, quanto mais capacitados estiverem seus colaboradores, melhor e mais rápido eles desempenharão suas atividades.
9- Utilize um software de gestão para facilitar o processo de produção
O sistema ERP é uma ferramenta de gestão integrada ideal para que gestores e colaboradores tenham acesso a informações sobre o processo de produção. Além de conceder a possibilidade de conferir se as atividades estão no caminho certo e dentro do prazo determinado no cronograma.
Veja abaixo quais são as funcionalidades estratégicas que um software de gestão pode oferecer para o seu negócio.
Previsão de demandas
Com o apoio dessa tecnologia, você controla todos os registros operacionais, o que permite realizar previsões precisas de demandas. Assim, as mercadorias e serviços serão entregues dentro do prazo, sem retrabalhos e com a qualidade esperada. Sem contar que isso garante o monitoramento de cada etapa de fabricação, simplificando o acompanhamento das tarefas e a tomada de decisões.
Ao somar a Internet das Coisas com o ERP, sua indústria torna-se mais competitiva, pois:
- Extrai o máximo de sua performance operacional;
- Aprimora processos internos;
- Gera mão de obra qualificada;
- Concede mais agilidade às tarefas.
É personalizável
Um dos maiores benefícios do sistema ERP é o seu arranjo modular. Ele oferece diversas abas de gestão e cada uma contém várias funcionalidades que podem ser configuradas conforme as necessidades da organização.
Desse modo, cada aplicação é estruturada para funcionar individualmente ou se integrar com o conjunto.
Isso quer dizer que é possível criar uma interface compatível com as suas demandas. As implantações de ERP se adaptam plenamente ao conjunto ou podem ser utilizadas como um módulo autônomo. Flexibilidade operacional é tudo.
Traz mobilidade para os negócios
A realidade móvel presente em outros segmentos de software tem sido considerada pelas ferramentas de gestão. Elas agora oferecem apps nativos em dispositivos Android, iOs, Linux e Windows.
Esses sistemas apresentam painéis precisos que se atualizam em tempo real com indicadores de produção relevantes, como:
- Aquisições de clientes;
- Receitas e despesas;
- Status da produção;
- Vendas;
- Tráfego na web.
Integração horizontal dentro da indústria
O ERP é imprescindível para o processo de produção da indústria, por elevar a eficiência das atividades, mediante padronização delas em todos os departamentos. Assim, permite uniformizar e integrar horizontalmente todas as tarefas.
Esse diferencial torna as operações mais dinâmicas — o que permite enxergar o apontamento de produção, economizar tempo e obter ganhos financeiros provenientes de otimizações pontuais.
Ainda, com esse recurso, é possível diminuir o volume de retrabalhos, visto que muitos serviços são automatizados. Isso evita funções manuais de colaboradores dos mais diversos departamentos, ocasionalmente responsáveis por falhas operacionais e erros humanos.
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